O certame decorre de 06 de setembro a 11 de outubro, quando são anunciados os diferentes vencedores, e, pela primeira vez, irá ser escolhida a "Melhor Longa de Terror Europeia", que dá acesso imediato ao Prémio Méliès d'Or, atribuído pela Federação Europeia de Festivais de Cinema Fantástico.

A competição integra sete obras, entre os quais a longa-metragem de animação espanhola "Psiconautas, los niños olvidados", de Pedro Rivero e Alberto Vázquez, e "The noonday witch", que o checo Jiri Sádek apresentou este ano no Festival de Karlovy Vary, na República Checa.

Deste grupo fazem ainda parte “K-Shop", do britânico Dan Pringle, "Shelley", do iraniano Ali Abbasi, que estreou no Festival de Berlim, "Like a cast shadow", do suíço Michael Krummenacher, "Villmark Asylum", de Pal Oie, e "Baskin", de Can Evrenol.

O júri que escolherá o filme vencedor é constituído pelo músico Fernando Ribeiro, dos Moonspell, o realizador Ruggero Deodato, autor do filme "Holocausto Canibal" (1980), e o produtor Mick Garris.

O certame estreia d’“O segredo das pedras vivas” (1992), de António de Macedo, filme que é exibido na secção ”Quarto perdido”, e que conta com os desempenhos de Manuel Cavaco, Eugénia Bettencourt, Helena Isabel e Rui Luís Brás.

“Um filme feito a partir dos negativos originais, para permitir que esta obra seja apresentada com a melhor qualidade de imagem, cor e som, apanágio de toda a obra de António de Macedo. E é neste sentido que podemos falar de um filme ‘novo’ do realizador de ‘A promessa' e de 'A maldição de Marialva'”, ambos exibidos em edições anteriores do certame.

O filme, apresentado na secção “Quarto perdido”, é, reforça a organização, um novo filme do "único cineasta assumidamente fantástico da cinematografia” portuguesa.

“O segredo das pedras”, de António de Macedo, foi já exibido na RTP, no formato de minissérie, com o título “O altar dos holocaustos”.

A programação do MOTELX foi hoje divulgada, sendo esperadas mais de 70 sessões de cinema, no São Jorge, Tivoli e na Cinemateca Júnior, no Palácio Foz, fazendo um "triângulo do cinema do terror na avenida da Liberdade", em Lisboa, como afirma a organização.

Ao Prémio MOTELX – Melhor Curta de Terror Portuguesa concorrem dez filmes: “Dentes e garras 2”, de Francisco Lacerda, “Jigging”, de Ramón de los Santos, “A caverna”, de Edgar Pêra, “Na floresta… corre”, de Nuno Soler e Ruben de Sousa, “Oneiros”, de Gustavo Silva, “Post morten”, de Belmiro Ribeiro, “Os palhaços”, de Pedro Crispim, “O que é feito dos dias na cave”, de Rafael Almeida, “Por diabos”, de Carlos Amaral, e “Retorno”, de Manuel Brito.

O vencedor arrecada 5.000 euros e candidata-se diretamente ao Méliès d’Or.

Outro galardão em disputa é o Yorn microCURTAS, para filmes feitos integralmente com telemóvel ou 'tablet', que não tenham excedam os dois minutos.

O objetivo é “promover o cinema de terror nacional através da utilização das novas tecnologias na produção cinematográfica”. As inscrições estão abertas até sexta-feira, 26 de agosto.

O Festival conta ainda com diferentes secções, homenagens, “workshops”, jogos, conferências e uma secção, “Lobo mau”, inteiramente dedicada ao público infanto-juvenil.