As salas de cinema em Portugal tiveram mais espectadores e receitas no primeiro semestre de 2015, em comparação com o período homólogo do ano passado, de acordo com o
balanço divulgado pelo Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

Para o crescimento, respetivamente de 20,2% e 19%, a invulgar popularidade de dois filmes revelou-se decisiva: «Velocidade Furiosa 7», que estreou a 2 de abril e teve 831.595 espectadores até 30 de junho, e «As Cinquenta Sombras de Grey», para o qual foram vendidos 500.991 bilhetes após a estreia a 12 de fevereiro.

Em fevereiro, as receitas totais subiram mesmo 67,4% em relação aos valores de há um ano, enquanto que em abril o aumento foi de 24,6%.

Pela negativa, destacou-se o comportamento de todos os filmes portugueses: em média, foram vistos por 4822 espectadores. No entanto, a situação ainda é pior quando se constata que dos 53.043 bilhetes vendidos para os 11 títulos, mais de metade (27.309) ficaram por conta de «Capitão Falcão», de João Leitão.

Portugal sofre quebras de afluência desde 2010 e registou o ano passado os piores valores de consumo de cinema em sala, desde 2004, com cada sessão de cinema a ter, em média, 20 espectadores.

O estudo do ICA mostra ainda que, contrariamente à ideia que se generalizou, o cinema americano não domina o mercado de distribuição: das 177 filmes, 36,7% chegaram dos EUA, enquanto as produções de origem europeia chegaram aos 49,7%.

Esses valores não refletem, no entanto, que muitos dos títulos do nosso continente não encontram distribuição para lá de Lisboa e, em menor grau, Porto, cidades que concentraram 58,88% dos bilhetes vendidos.

E, mais significativo, que 74,4% dos bilhetes vendidos foram mesmo para produções ou co-produções originárias do outro lado do Atlântico.

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