Criado pela mãe e avós em Bronx, um dos bairros mais duros de Nova Iorque, aos nove anos já fumava, aos doze consumia marijuana e no início da adolescência era até um polícia que lhe comprava álcool.

Muitos dos amigos dessa época morreram por causa das drogas ou do crime. Ele escapou quando começou a frequentar aulas de presentação no liceu e uma professora, Blanche Rothstein, aconselhou a avó a incentivá-lo. Pouco depois desse encontro, viu a peça «The Seagull», de Anton Chekhov, e convenceu-se que devia mesmo seguir a representação a tempo inteiro.

Começou em cafés e após alguns pequenas participações, conseguiu papéis maiores na Broadway. Em 1969, recebeu um Tony, a distinção máxima do teatro americano e fazia a sua estreia no cinema com um papel muito secundário em «Sou eu, a Natália». Em 1971, era já o protagonista em «Pânico em Needle Park», um filme de Jerry Schatzberg que se tornou de culto.

A seguir, um jovem realizador escolheu-o para um importante papel contra a vontade do estúdio. Sempre sob a ameaça de despedimento, a rodagem foi um tempo infeliz, mas esse filme, o terceiro da sua carreira, tornou-o instantaneamente uma das maiores estrelas dos anos 70: «O Padrinho».

A seguir, estaria no centro dessa década, a de maior vitalidade criativa do cinema americano, graças a títulos como «Serpico», «O Espantalho», «O Padrinho - Parte II» e «Um Dia de Cão».

Os anos 80 foram marcados pela controvérsia de «Scarface», agora considerado um clássico, e principalmente a desilusão com a forma como foi recebido «Revolução», que considera a melhor atuação da sua carreira. Chegou mesmo a retirar-se durante quatro anos.

Após o regresso, ganhou um Óscar à oitava nomeação com «Perfume de Mulher» e manteve-se ao mais alto nível até 1999, ano de «O Informador» e «Um Domingo Qualquer».

Este século, foi a televisão, mais do que o cinema, a mostrar a dimensão do seu talento.

Al Pacino nasceu a 25 de abril de 1940 e festejou 75 anos. O SAPO Cinema celebra com todas as imagens de filmes e personagens da sua carreira.