A cineasta Sara Eustáquio, de 16 anos, anunciou que acaba de concluir a sua segunda curta-metragem, intitulada "Mirror", numa altura em que acaba de receber cinco novos prémios por "4242", que soma 12 distinções em festivais internacionais.

"'Mirror' é uma ficção, um 'thriller' e conta a história de uma rapariga que, sob efeitos de uma substância, acaba por ficar com a sua imagem presa no espelho e refletida na sua vida, por isso tudo o que acontece na ficção acontece também na realidade", disse Sara Eustáquio à agência Lusa

A curta-metragem de três minutos foi produzida durante um curso de realização na New York Film Academy e tem como protagonista a atriz canadiana Jaimie Marchuk, com quem se cruzou nessa formação.

A adolescente de Torres Vedras, que se estreou em abril no cinema com a curta-metragem "4242", quer candidatar o novo filme a festivais internacionais, à semelhança do que sucedeu com o primeiro.

Sara Eustáquio afirmou que acaba de receber mais cinco distinções por "4242", que arrecadou até à data 12 prémios.

Em Toronto, o Canadian Diversity Film Festival atribuiu-lhe o prémio Best Cinema of Europe (de melhor cinema da Europa), enquanto em Ottawa, também no Canadá, o Creation International Film Festival distinguiu "4242" como o "melhor filme realizado por um estudante".

Nos Estados Unidos, foi distinguida três vezes com o prémio de "melhor cineasta com menos de 18 anos", no Chandler International Film Festival, no Arizona, no Hollywood Boulevard Film Festival e no Los Angeles Independent Film Festival Awards.

Na semana passada, "4242" arrecadou outros quatro prémios no Christian Film Festival, na Virgínia, Estados Unidos da América (Melhor Filme realizado por um estudante, Melhor filme estrangeiro, Melhor Atriz Adolescente- atribuído à atriz moldava Cristina Caldararu - e Melhor Produtor, que distinguiu Victor Eustáquio, o produtor e pai da realizadora de Torres Vedras).

"4242" é inspirado na experiência da protagonista, a aluna romena Cristina Caldararu, de 18 anos, da mesma escola de Eustáquio, a Secundária Henriques Nogueira, em Torres Vedras.

Residente em Portugal desde 2015, longe da família, para terminar o ensino secundário, com a expectativa de assim poder entrar mais facilmente numa universidade, Cristina Caldararu teve de aprender português em tempo recorde, adaptar-se ao país e criar novos laços.

Colega de turma da Sara Eustáquio, Caldararu escreveu sobre a sua experiência, para um trabalho escolar, e esse texto depressa se tornou no ponto de partida da curta-metragem.