“O ator Anton Yelchin morreu num acidente de viação esta manhã", confirmou o agente de Anton Yelchin em comunicado. “A família pede que respeitem a sua privacidade”, acrescenta o comunicado.

De acordo com o site de celebridades TMZ, o ator foi encontrado entalado entre o seu carro e a caixa de correio de sua casa e terá sido esmagado pela própria viatura. Segundo a mesma fonte, o motor do automóvel ainda estava ligado e em ponto morto quando o intérprete foi encontrado por um grupo de amigos, que terá estranhado horas antes a sua ausência nos ensaios. Ainda não se sabe o que terá provocado o acidente.

Anton Yelchin deu nas vistas ainda muito jovem na série televisiva "Taken", ganhando depois notoriedade e elogios generalizados em filmes como "Corações na Atlântida", "Alpha Dog", "Exterminador Implacável: A Salvação" e no papel de Chekov na saga "Star Trek", cujo terceiro filme chega às salas já no final de julho.

Nascido em 1989 na antiga União Soviética, filho de atletas célebres no mundo da patinagem artística, Yelchin chegou aos seis meses aos EUA, onde os pais encontraram asilo político. A sua carreira na atuação começou muito cedo, logo aos nove anos, no filme independente "A Man is Mostly Water".

Seguiram-se vários pequenos papéis até a mini-série "Taken", produzida por Steven Spielberg, lhe ter dado os primeiros sinais de notoriedade em 2002, na personagem de Jakob Clarke. No mesmo ano, o papel protagonista de "Corações na Atlântida", ao lado de Anthony Hopkins, valeu-lhe os mais rasgados elogios e o Young Artist Award, conquistado com apenas 12 anos.

Yelchin continuou a aparecer no cinema e na televisão, com destaque para a série "Huff", e em 2007 voltou a estar no centro de todas as atenções como um dos protagonistas do "thriller" "Alpha Dog", ao lado de Justin Timberlake e Emile Hirsch, no papel do jovem raptado e assassinado na California, baseado no caso verídico de Nicholas Markowitz.

A partir daí, o ator não parou de ganhar notoriedade em todo o tipo de papéis, desde dramas como "O Castor", realizado e co-protagonizado por Jodie Foster, a comédias como "Charlie Bartlett - Psicanálise para Todos", ao lado de Robert Downey Jr. passando por fitas de terror como a nova versão da "Fright Night" por cá intitulada "Noite de Medo", sem esquecer filmes tão inesperados e interessantes como a comédia de terror "Como Enterrar a sua Ex", de Joe Dante, a reinvenção do filme de vampiros por Jim Jarmusch que foi "Só os Amantes Sobrevivem" ou o romance cheio de humor "Das 5 às 7".

Mas, nos últimos anos, a sua notoriedade junto do grande público deveu-se à sua participação em duas sagas de ficção científica muito populares: primeiro a encarnar Kyle Reese em "Exterminador Implacável: A Salvação", realizado por McG, e depois no papel de Chekov no "reboot" de imenso sucesso da saga "Star Trek" assinada por J.J.Abrams, cujo terceiro filme, Star Trek: Além do Universo", chega às salas de todo o mundo no final de julho.

Hollywood reage à morte do ator

Alguns dos colegas de "Star Trek" já reagiram à morte de Anton Yelchin nas redes sociais. "Adorava tanto o Anton Yelchin. Ele era um verdadeiro artista - curioso, belo, corajoso. Era um grande amigo e um grande filho. Estou em ruínas", disse o ator John Cho, que interpreta Sulu na nova versão de "Star Trek". Karl Urban, que também  contracenou com o ator na mesma saga, no papel de "Bones" McCoy, disse no Twitter "Não posso acreditar, estou em sofrimento".

Ainda Zachary Quinto, imortalizado como Spock na nova versão da saga galáctica, expressou o seu pesar no Instagram, dizendo "O nosso querido amigo. O nosso camarada. O nosso Anton. Uma das pessoas mais abertas e intelectualmente curiosas que tive o prazer de conhecer. Tão talentoso e tão generoso. Mais sábio que a idade quer tinha e partiu antes do tempo. Todo o amor e toda a força para a sua família nesta impossível altura de dor".

Também o realizador mexicano Guillermo del Toro, que acabara de anunciar Anton Yelchin como parte do elenco vocal da série de animação "Trollhunters" que ele está a atualmente a desenvolver para o Netflix em parceria com a DreamWorks, afirmou que "Anton era um querido, um parceiro criativo e um artista fantástico".

A atriz Kat Dennings, que se tornou muito próxima do ator depois de terem contracenado em "Charlie Bartlett", sublinhou ainda que "o Anton Yelchin era um dos meus melhores amigos. Não consigo dizer nada que possa transmitir o que estou a sentir".

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