Este ano, a 10.ª edição do Arquiteturas Film Festival está marcada para o Porto e decorre sob o tema “Onde a vida acontece”, para pensar “a arquitetura para lá da forma construída”.

“É comum acreditar-se que a arquitetura pode transformar as cidades e as sociedades, mas quem tem maior peso nesses processos são as ações das pessoas que habitam e atribuem significado à arquitetura”, pode ler-se na apresentação.

De 183 candidaturas foram escolhidos 19 filmes, de 16 países, com prémios para melhor documentário, melhor filme experiemtnal, melhor ficção e consciência social, além do prémio do público.

Apresentados na Casa Comum, os filmes abordam vários temas e incluem dois filmes portugueses, o experimental “Reconstrução” (2022), curta-metragem de Francisco Noronha, e “2.ª Pessoa” (2022), também uma curta, realizada por Rita Barbosa.

Os vencedores serão anunciados em 30 de junho e mostrados no dia seguinte, no Batalha, num dia 1 de julho cuja sessão de encerramento é dedicada a “Morte de uma cidade”, de João Rosas.

No programa oficial, que inclui a obra de João Rosas , nota para duas estreias mundiais, uma de Sara Nunes, “De Volta à Cidade”, sobre a reabilitação do Mercado do Bolhão, no Porto, e “Where We Grow Older”, é o terceiro de uma trilogia de Giovanna Borasi, diretora do Canadian Centre of Architecture.

A programação dedicada a este museu e centro de investigação canadiano inclui exposições, publicações e filmes, com a apresentação dos dois primeiros filmes da trilogia de Borasi.

A instalação “Que papel pode ter o filme como ferramenta curatorial” também inclui este ciclo, no Instituto, e decorrem sessões de conversas com convidados em paralelo.

Há sessões no Batalha – Centro de Cinema, na Casa Comum da Universidade do Porto e na livraria especializada Circo de Ideias, com outros momentos da programação, de instalações, debates e outras atividades, a estenderem-se ao Instituto e outros locais da cidade, entre apresentações gratuitas e outras pagas.

O festival, concebido pela Do You Mean Architecture e pelo Instituto, é agora dirigido pelo projeto cultural portuense, tendo deixado Lisboa, onde aconteceram as primeiras oito edições, e desde o nono certame que tem como casa o Porto.