Se fosse vivo, aquele que é o maior emblema das artes marciais celebraria hoje 75 anos de idade.
Mas isso não aconteceu: nascido a 27 de novembro de 1940, Bruce Lee morreu a 20 de julho de 1973, quando tinha apenas 32 anos, vítima de um edema cerebral resultante da reacção alérgica a um analgésico.
Além de ajudar a mudar a forma como as personagens de origem asiática eram representadas no cinema americano, primeiro como professor e depois como ator, ele desempenhou um papel ainda mais importante no desenvolvimento, apresentação e popularização das artes marciais nos EUA e na Europa.
Existe um antes e depois nesse género de cinema das artes marciais: com ele, as cenas de luta falsas e irrealistas deram lugar a algo mais realista e definitivamente mais emocionante.
No entanto, a sua influência não ficou por aí e os ensinamentos que transmitiu tornaram-se para muitos uma filosofia de vida.
Nascido em São Francisco, filho de Lee Hoi-Chuen, um famoso cantor de ópera cantonês, e Grace Ho, de origem chinesa e alemã, Lee foi viver com poucos meses para Hong Kong, regressando a Seattle, nos EUA, no final da sua adolescência por causa das brigas em que frequentemente se via envolvido e para prosseguir os estudos.
Foi por esta altura que começou a ensinar e aprofundar os estudos nas artes marciais: alguns dos seus alunos ao longo dos anos foram James Coburn, Steve McQueen, Lee Marvin, Chuck Norris, Kareem Abdul-Jabbar e até Roman Polanski.
Durante esse percurso surgiu o convite para fazer testes para um episódio-piloto de uma série que não chegou a avançar e depois o papel de Kato na série "The Green Hornet", que durou uma temporada e lhe granjeou alguma popularidade.
Após mais algumas participações em televisão e outros projetos frustrados, nomeadamente quando David Carradine ficou com o papel principal na série "Kung Fu" que tanto ambicionava, foi aconselhado pelo produtor Fred Weintraub a regressar a Hong Kong para fazer um filme que chamasse a atenção de Hollywood.
Foi assim que surgiu como protagonista em "Big Boss, O Implacável" (1971), que se tornou um grande êxito na Ásia e o tornou uma grande estrela.
Com a sua morte, Bruce Lee ascendeu rapidamente ao estatuto de mito e permanece até hoje um dos maiores ícones do século XX. A sua imagem é reconhecida por todo o mundo, mesmo por quem nunca tenha visto qualquer um dos seus filmes ou, quanto muito, só conheça o seu título mais mítico, já produzido nos EUA, que estreou seis dias após a sua morte: "O Dragão Ataca".
Os filmes de Bruce Lee.
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