Em visita a Cannes, o ministro do Interior inspecionou o dispositivo de segurança e indicou que foram empregados "meios excepcionais" com "várias centenas de agentes mobilizados".

O festival contratou também cerca de 400 agentes de segurança privados, que irão vigiar os acessos ao edifício e à passadeira vermelha, onde desfilarão cineastas e celebridades do mundo inteiro.

A 69º edição do Festival de Cannes acontece seis meses depois de jihadistas do Estado Islâmico terem realizado ataques coordenados em Paris, que causaram a morte a 130 pessoas.

"Enquanto preparamos a abertura deste festival, temos de lembrar que enfrentamos um risco que nunca foi tão alto e um inimigo determinado em atacar a qualquer momento", disse Cazeneuve.

"Precisamos de demonstrar vigilância extrema durante todo o tempo", acrescentou.

Para preparar as forças para um atentado terrorista, a cidade de Cannes realizou no mês passado a simulação de um ataque com 180 figurantes: a explosão de um carro-bomba em frente a uma escola e a chegada de quatro terroristas numa sala de cinema do Palácio de Festivais.

O exercício ajudou a detectar falhas na coordenação dos agentes, segundo as autoridades.

A cidade de Cannes, destino turístico internacional com dois milhões de visitantes por ano, decidiu adotar para esta edição do festival um "plano de prevenção de risco terrorista" inédito em França.

Quatro especialistas, incluindo um responsável antiterrorista israelita, realizaram uma auditoria para analisar as vulnerabilidades da cidade.

Bolha de segurança na passadeira vermelha

A edição de 2015 aconteceu quatro meses depois dos atentados contra o Charlie Hebdo e um supermercado kosher, realizados por três jihadistas, que causaram 17 mortos.

No ano passado, o contexto impôs "um dispositivo de segurança superior ao do ano anterior", que incluiu pela primeira vez um centro de comando único para todas as forças de ordem, explicou o governador dos Alpes Marítimos, Adolphe Colrat.

Para as forças de ordem, Cannes e suas celebrações significam onze longos dias a vigiar uma multidão potencialmente perigosa para as personalidades que passam pelo tapete vermelho, protegidas todos os anos por uma 'bolha impenetrável' à volta do Palácio de Festivais.

Durante o festival, a população de Cannes triplica. A cidade recebe 210.000 pessoas e regista um acréscimo na delinquência, chegando ao ponto de tirar o protagonismo das estrelas de Hollywood, como aconteceu após um roubo de jóias durante a edição de 2013 e durante um assalto à Cartier pouco antes da edição de 2015, no valor de 17,5 milhões de euros.

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