Eduardo Coutinho, que dirigiu documentários como «Edifício Master» e «Cabra Marcado para Morrer», tendo sido convidado a integrar a Academia de Hollywood, foi encontrado morto em casa, no bairro de Lagoa, Rio de Janeiro, apresentando sinais de agressão por arma branca.

De acordo com as autoridades, citadas pela imprensa brasileira, a mulher, que se encontra em estado grave, assim como o seu filho foram transportados para um serviço de urgência, devido a ferimentos provocados por uma faca ou punhal.

A mulher do cineasta, Maria das Dores de Oliveira Coutinho, 62 anos, foi internada no Hospital Miguel Couto com cinco feridas provocadas por arma branca, no peito e no abdómen, além de uma lesão no fígado, tendo sido já submetida a uma intervenção cirúrgica, sendo o estado de sáude considerado grave, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, citada pelo Globo. O filho do realizador, Daniel Coutinho, 41 anos, foi hospitalizado com feridas de menor gravidade.

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, que investiga o caso, aponta o filho, que tem problemas mentais, como principal suspeito. O Globo e a Folha de São Paulo citam vizinhos do cineasta, quanto ao suposto ataque perpetrado pelo filho.

Segundo os investigadores, é possível que Daniel Coutinho tenha tentado suicidar-se, depois de ter apunhalado os pais.

O Corpo de Bombeiros confirmou à imprensa brasileira que uma chamada de socorro para o apartamento do cineasta foi feita às 11:48 locais.

Eduardo Coutinho, que também dirigiu «Babilónia 2000», foi convidado, em 2013, a integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, por ter criado uma nova linguagem no cinema documental. Em 2007, foi distinguido no Festival de Cinema de Gramado, o mais importante do Brasil, pelo conjunto da longa obra cinematográfica.

«As Canções» (2011), «Moscow» (2009), «Playing» (2007) e «O Fim e o Princípio» (2005) contam-se entre as últimas obras do realizador.

«Cabra Marcado para Morrer», documentário sobre um líder camponês da Paraíba, assassinado em 1962, cujas filmagens a ditadura militar brasileira suspenderia em 1964, seria retomado vinte anos mais tarde, e viria a ser distinguido em mais de uma dezena de festivais internacionais.

O documentário recebeu o Golfinho de Ouro, prémio máximo da primeira edição do Festival Internacional de Cinema de Tróia (Festróia), em 1985.

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