Ao contrário do que sucedeu com a Marvel Comics, cujos super-heróis de BD só ganharam fôlego no cinema nos últimos 10 anos, as personagens da DC Comics há muito que vão tendo sucesso no grande ecrã. Além da excelente série de curtas-metragens de animação dos estúdios Fleischer dedicadas ao Super-Homem entre 1941 e 1943, a primeira década das personagens no cinema deu-se essencialmente em «serials», filmes exibidos em várias partes e durante diversas semanas.

Foi assim que Super-Homem e Batman deram os seus primeiros passos no cinema de imagem real, num formato em que surgiram também outras séries de aventuras da editora como Hop Harrigan ou mesmo outros super-heróis, como Captain Marvel ou Spy Smasher, que mais tarde seriam agregados à DC Comics embora fossem à época publicados por uma editora rival.

A primeira aventura de longa-metragem adaptada de uma série da DC Comics a estrear em cinema foi
«Superman and the Mole Men», em 1951, com
George Reeves no papel principal, que serviu de piloto à série de televisão que estrearia no ano seguinte.

Na sequência do sucesso de
«Guerra das Estrelas» em 1977, a DC apostou tudo numa super-produção de luxo com seu principal super-herói e em 1978
«Superman» marcou uma viragem nas adaptações de BD ao cinema, com um elenco de estrelas, um realizador talentoso e efeitos visuais de primeira água, dando a
Christopher Reeve o papel da sua vida e sendo o precursor da maioria das fitas de super-heróis que se estreiam até hoje.

Com a fortuna cinematográfica de Super-Homem a descer ao longo da década de 80, em 1989 a DC decidiu apostar numa super-produção com a sua outra personagem mais icónica e, sob a condução de
Tim Burton,
«Batman» bateu recordes de bilheteira por todo o mundo. Ainda hoje, já depois do «reboot» espetacularmente bem sucedido de
Christopher Nolan, o Homem-Morcego é o super-herói de maior sucesso continuado no grande ecrã.

Entretanto, a DC criou outras marcas para editar banda desenhada de teor mais adulto, como a Vertigo (que criou séries depois adaptadas à BD como «Os Perdedores») e a Paradox Press (pela qual foi publicado, por exemplo,
«Caminho para Perdição» e
«Uma História de Violência»), e adquiriu outras, como a Wildstorm, que publicara originalmente séries como
«Liga de Cavalheiros Extraordinários».