O programa do 15.º Festival Internacional de Cinema Doclisboa conta este ano com um novo prémio e um total de 231 filmes, oriundos de 44 países, 17 em competição internacional e 11 na competição portuguesa.

A programação do Doclisboa’17, que decorrerá de 19 a 29 de outubro, foi hoje apresentada pelos diretores Cíntia Gil e Davide Oberto, que destacaram uma programação com "20 mil minutos de cinema", que refletem “a diversidade de olhares e de idades dos realizadores, de formas e de propostas políticas e temáticas”.

A edição deste ano conta com 44 filmes portugueses, 11 em competição e todos em estreia mundial, exceto “António e Catarina”, de Cristina Hanes, em estreia portuguesa, que venceu o prémio de curtas-metragens no Festival de Locarno.

Cíntia Gil destacou ainda a participação em competição do filme “Espadim”, “uma primeira obra”, de Diogo Pereira, e de “Diário das Beiras”, de João Canijo e Anabela Moreira, “uma espécie de segunda parte” de “Portugal – Um dia de cada vez”, que se estreou em 2015 no Doclisboa.

Davide Oberto destacou um “programa especial muito ligado a Sharon Lockhart” na secção “Riscos”, onde a artista norte-americana apresentará o filme “Rudzienko”, paralelamente a uma exposição que lhe é dedicada, na secção “Passagens”, patente no Museu Berardo, de 10 de outubro a 14 de janeiro, com curadoria de Pedro Lapa, sobre os direitos das crianças – um projecto inspirado pela vida e obra do pediatra polaco Janusz Korczak.

A secção “Riscos” celebra ainda os 20 anos de “Gummo”, de Harmony Korine, com a exibição do filme e com uma festa na noite de 27 de outubro.

Na secção “Heart Beat”, cuja sessão de abertura será marcada pelo filme “Grace Jones: Bloodlight and Bami”, de Sophie Fiennes, haverá dois filmes portugueses em estreia mundial: “Os Cantadores de Paris”, de Tiago Pereira, e “DIÁLOGOS ou como o Teatro e a Ópera se encontram para contar a Morte de 16 Carmelitas e falar do Medo”, de Catarina Neves.

Os diretores do festival sublinharam também a participação de dois filmes portugueses na secção “Da Terra à Lua”, um de Anabela Moreira (“A Mim”) e outro de Edmundo Cordeiro (“Todas as Cartas de Rimbaud”).

Uma das novidades deste ano é a criação de um novo prémio, com a Fundação Inatel, intitulado “Prática, Tradição e Património”, para o melhor de um conjunto de dez filmes de temática associada a práticas e tradições culturais e ao património imaterial da humanidade, transversal a todas as seções exceto “Retrospetivas” e “Cinema de Urgência”.

No que respeita às “Retrospetivas”, o Doclisboa apresenta “Uma Outra América – O Singular Cinema do Quebec”, uma retrospetiva dedicada à cinematografia do Quebec, numa viagem por mais de meio século de cinema daquela região do Canadá, que existiu com grande força na década de 1960 e que deu origem a cineastas como Jean-Yves Bigras, René Delacroix, Denys Arcand ou Denis Villeneuve.

O festival apresenta também uma retrospetiva “integral de Vera Chytilova”, “uma das artistas fundamentais do cinema checo”, em que se recuperou todo o trabalho da realizadora, incluindo trabalhos feitos na escola ou para televisão, disse Cíntia Gil.

A abertura acontece com o filme “Ramiro”, de Manuel Mozos, “uma comédia profundamente tocante” e um “cinema muito inteligente”, descreveu a diretora.

A sessão de encerramento ficará marcada pela exibição do filme “Era uma vez Brasília”, de Adirley Queirós, no dia 28 de outubro.

O Doclisboa decorrerá em várias salas de cinema e terá festas diárias no Bar A Barraca.

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