"Sofia Areal: Um gabinete anti-dor", com realização de Jorge Silva Melo, tem imagem de José Luís Carvalhosa, som de Armanda Carvalho e montagem de Vítor Alves e Miguel Aguiar.

Concluído este ano, o documentário teve as filmagens iniciadas em 2011 e foi criado, não no sentido retrospetivo, mas acompanhando a artista na sua atividade, no ateliê: "Um filme que está ao seu lado, a seguir o seu fazer, as suas dúvidas, certezas, conquistas", segundo uma descrição do realizador.

"Aquilo que me interessou foi ver Sofia Areal pensar pintando, pintar pensando. Pois nela, 'o que em mim pensa está pintando', é o seu ofício, dessa mão que todos os dias faz a alegria. E Sofia Areal continua a pintar. E eu preciso tanto da sua pintura afirmativa. Que, como ela diz, 'é uma questão de sobrevivência'”, aponta Jorge Silva Melo.

Nascida em Lisboa, em 1960, Sofia Areal iniciou formação em Inglaterra, com os cursos de Textile Design e o Foundation Course, do Hertfordshire College of Art and Design, em St. Albans (1979-81), regressou a Portugal e estudou nos ateliês de gravura e pintura do centro de artes Ar.Co., em Lisboa.

Expõe coletivamente desde 1982 e, individualmente, desde 1990, e os seus trabalhos são sobretudo em pintura e desenho, desenvolvendo também investigação plástica nas áreas da ilustração, design gráfico e cenografia.

Em 2011, apresentou, na Galeria do Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, em Lisboa, com produção dos Artistas Unidos, uma exposição antológica dos últimos dez anos de trabalho.

A obra de Sofia Areal está representada em coleções de várias entidades, nomeadamente a Fundação de Serralves, no Porto, o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e na Casa da Cerca Centro de Arte Contemporânea, em Almada.