Por muito impacto que
«Avatar» tenha tido nas bilheteiras de todo o mundo, foi o mais económico
«Estado de Guerra» a triunfar em grande na 82ª cerimónia de entrega de entrega dos Óscares, com seis estatuetas douradas: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento Original, Melhor Som, Melhor Efeitos Sonoros e Melhor Montagem.


Kathryn Bigelow
protagonizou um momento histórico ao ser a primeira mulher a conquistar o Óscar de Melhor Realização, que recebeu das mãos de
Barbra Streisand.

«Avatar», um dos favoritos à vitória, teve de se contentar com três estatuetas em categorias técnicas: Melhores Efeitos Visuais, Melhor Fotografia e Melhor Direcção Artística.

Quanto a actores, cumpriram-se todas as previsões:
Jeff Bridges venceu finalmente o Óscar de Melhor Actor por
«Crazy Heart» (que não tem data de estreia em Portugal, situação que esta vitória pode mudar),
Sandra Bullock conseguiu o prodígio de, com um dia de diferença, ganhar o Razzie de Pior Actriz do Ano por
«All About Steve» e o de Melhor Actriz por
«Um Sonho Possível»;
Christoph Waltz, como Melhor Actor Secundário, mereceu o único troféu de
«Sacanas sem Lei», e
Mo'Nique foi aplaudida de pé pelo seu papel em
«Precious», que lhe valeu o galardão de Melhor Actriz Secundária.

Também sem surpresas,
«Up - Altamente!» conquistou o Óscar de Melhor Longa-Metragem de Animação e valeu a
Michael Giacchino o troféu de Melhor Banda Sonora Original.

A grande surpresa da noite no que diz respeito a prémios surgiu mesmo na categoria dos argumentos, com
Mark Boal a bater
Quentin Tarantino no troféu de Melhor Argumento Original por «Estado de Guerra» e
Geoffrey Fletcher a triunfar com
«Precious» a estatueta de Melhor Argumento Adaptado, passando à frente de
Jason Reitman e
«Nas Nuvens», que saiu de mãos a abanar da cerimónia.

Inesperada foi também a vitória na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, com o argentino
«El Secreto de sus Ojos» a ganhar aos favoritos
«O Laço Branco» e
«Um Profeta».

Quanto à cerimónia em si mesma, com a presença do coreógrafo
Adam Shankman como produtor e um luxuoso número musical de abertura de
Neil Patrick Harris, tudo parecia indiciar um regresso à componente espectacular de outrora, que caiu em desuso quando
Billy Crystal começou a fazer pouco dos números mais musicais faustosos que caracterizavam a emissão. Só que, ao longo da cerimónia, pouco mais houve que discursos, e quase nenhum foi particularmente memorável.

A coreografia em estilo de hip hop para ilustração do troféu de Melhor Banda Sonora Original não compensou a eliminação, pela primeira vez em décadas, das cinco canções nomeadas, o que acabou por tirar variedade ao espectáculo sem grande ganho em economia de tempo. Os próprios
Alec Baldwin e
Steve Martin, apesar de algumas piadas com graça, estiveram longe de fazer esquecer a prestação do anfitrião do ano passado,
Hugh Jackman.

Com os Óscares honorários (este ano para
Lauren Bacall,
Roger Corman, Gordon Willis e John Calley) relegados para uma cerimónia à parte, já efectuada em Novembro, os produtores optaram por deixar os momentos comoventes por conta do obituário anual, com um espaço invulgarmente grande atribuído a
John Hughes, com o aparecimento de alguns dos actores que brilharam nos seus filmes durante os anos 80.

Veja a lista completa completa de premiados.

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