A Festa do Cinema Francês atinge este ano a “maioridade”, com a 18ª edição a começar no Cinema São Jorge, em Lisboa, e a terminar no dia 12 de novembro, depois de percorrer mais 11 cidades, entre as quais, Almada, Cascais, Coimbra, Faro, Porto, Seixal e Viana do Castelo.

A Festa do Cinema Francês apresenta este ano 52 filmes, 33 dos quais em antestreia, como “Le concours”, de Claire Simon, “Gauguin”, de Édouard Deluc, sobre a vida do pintor francês, ou “Corniche Kennedy”, de Dominique Cabrera.

Apadrinhada por Arnaud Desplechin, um dos nomes da cinematografia contemporânea francesa, a Festa do Cinema Francês dedica-lhe o ciclo “O Padrinho – Arnaud Desplechin”, que abre no dia 6 de outubro com a antestreia em Portugal de “Os Fantasmas de Ismael” - filme que fez a abertura do Festival de Cannes 2017 - e com a presença do realizador.

Este ciclo é composto por quatro filmes da sua autoria: “Comment je me suis dispute…(ma vie sexuelle)”, “La sentinelle”, “Léo en jouant ‘dans lacompagnie des hommes’” e “Reis e Rainha”.

A programação faz ainda homenagem a Jean-Pierre Melville, no ano em que se celebra o centenário do seu nascimento, apresentando uma retrospetiva integral da sua obra, em parceria com a Cinemateca, onde os filmes serão exibidos, e a Fundação Jean-Pierre Melville.

Figura indissociável do ‘noir’, Melville é ainda hoje uma influência para cineastas como Tarantino, Jarmusch, John Woo ou os irmãos Coen.

A organização do certame reforça a presença de primeiros filmes da nova geração de cineastas, apresentando este ano novidades como “Django”, de Étienne Comar, filme que abriu o Festival de Berlim deste ano, sobre o compositor e guitarrista francês perseguido pelo regime nazi devido às suas raízes ciganas.

Este é o filme de abertura em Cascais, cidade que recebe a Festa do Cinema Francês pela primeira vez.

A longa-metragem “Ava”, de Léa Mysius, sobre uma rapariga de 13 anos que vai perder a visão, “Crash test Aglaé”, de Éric Gravel, sobre uma jovem que trabalha numa fábrica de testes automóveis, “Jeune Femme”, de Leonor Serraille, uma mulher que regressa a Paris após longa ausência, e “Monsieur & Madame Adelman”, de Nicolas Bedos, sobre 45 anos de convivência de um casal são os outros primeiros filmes em antestreia.

Entre os convidados deste ano, além de Thierry Frémaux, Arnaud Desplechin e Etienne Comar, marcam presença também Laurent Grousset, presidente da Fundação Jean-Pierre Melville e Patrick Mille, realizador e ator, e um dos protagonistas do filme “Django”, que estará em Lisboa no dia 10 para apresentar “Going to Brazil”, filme que abre a Festa em Almada.

O Ciclo ACID (Association du Cinéma Indépendant pour sa Diffusion), apresentado pela primeira vez na edição anterior, regressa este ano com sete filmes, encontros e ‘masterclasses’ com a presença de artistas convidados, como é o caso da realizadora Mariana Otero, que vem apresentar o seu documentário “L’Assemblée”.

O ciclo abre com as correalizadoras de “Kiss and Cry”, Lila Pinell e Chloé Mahieu, e contará também com a presença de Maryam Goormaghtigh e Hossein, respetivamente realizadora e ator de “Avant la fin de l’été”, bem como com a participação de Ilan Klipper e Marilyne Canto, realizador e atriz de “Le ciel étoilé au-dessus de ma tête”.

Paralelamente estará patente ao público, na Plataforma Revólver, em Lisboa, a Exposição de Fotografias de Renaud Monfourny, cofundador da revista “Les Inrockuptibles”, com retratos de figuras conhecidas dos cinemas francês e português.

Este ano, duas novas salas vêm juntar-se à Festa do Cinema Francês: UCI Cinemas, em Lisboa, e O Cinema da Villa – Cascais.

A Festa do Cinema Francês é organizada pelo Institut Français du Portugal, pela Embaixada de França e pela rede de Alliances Françaises no país, em parceria com as cidades e as salas em que é apresentada.

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