“Fiore”, de Claudio Giovannese, estreou no Festival de Cannes no ano passado e, a partir daí, tem feito um currículo alternativo coberto de elogios.

Fiel a um estilo muito apreciado por estes dias, o cineasta foi criar a sua história a partir de uma interação pessoal com o mundo dos reformatórios juvenis.

É de lá que vem a sua protagonista, Dafne (Daphne Scoccia), uma adolescente solitária que se apaixona por um rapaz da ala masculina, Josh (Josciua Algeri), e passa a acreditar que, afinal, o seu futuro pode ser melhor do que alguma vez poderia esperar.

Apesar de contar com Valerio Mastandrea no elenco (como pai de Dafne, que acabaria por receber o David di Donatello, o 'Óscar italiano', de ator secundário), o filme é composto na sua maioria, à boa tradição tanto do neorrealismo quanto da docuficção, por atores não-profissionais. O intérprete do personagem masculino mais importante, o também rapper Josciua Algeri , morreu num acidente de mota no passado mês de março.

O Macaigne italiano

Já em “Tommaso” o realizador Kim Rossi Stuart dá ao desespero do personagem-título um tom mais cómico.

Parecendo saído de uma daquelas comédias com Vincent Macaigne a ruminar sobre a sua incapacidade em lidar com o sexo oposto, Tommaso é um argumentista de cinema que faz psicanálise porque, depois de estimular o fim do seu 'casamento', revela-se incapaz, por medo e fobia, de relacionar-se com outras mulheres.

Como seria espectável, a dieta incluía muita fantasia sexual à mistura, diretamente proporcional ao seu descontrole emocional.

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