Jessica Chastain fez parte do júri de Cannes que atribuiu a Palma de Ouro e outros prémios e não gostou do papel das mulheres nos filmes que estiveram em competição.

A atriz deu a entender isso ao afirmar que achou "bastante perturbadora" a forma como as personagens femininas surgiram representadas nos filmes que viu.

"Acredito que se tivermos histórias femininas também teremos mais personagens femininas autênticas. Esta foi a primeira vez que vi 20 filmes em 10 dias e adoro filmes. E a coisa que realmente retirei desta experiência é como o mundo encara as mulheres através das personagens femininas que vi representadas. Para ser honesta, foi bastante perturbador para mim", revelou no domingo à noite na conferência de imprensa do júri.

As declarações estão a ganhar agora outro impacto, incluindo em Hollywood, com o apoio por exemplo da realizadora Ava DuVernay.

"Direi que existem algumas exceções, mas na maioria, fiquei surpreendida com a representação das personagens femininas no ecrã. Quando incluirmos mais mulheres argumentistas, espero que possamos ter mais mulheres como as que reconheço no meu dia-a-dia. Mulheres que são proativas, que têm os seus próprios trabalhos, que não reagem apenas aos homens à volta delas. Elas têm o seu próprio ponto de vista", concluiu.

O júri deu a Sofia Coppola o prémio da realização, apenas a segunda vez que isso aconteceu em 70 edições do festival.

"O Piano" foi também o único filme realizado por uma mulher a ganhar a Palma de Ouro. Foi em 1993 e era de Jane Campion, que achou "incrível" esse facto do festival.

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