A atriz Julia Roberts, protagonista do filme "Deixar o Mundo Para Trás", afirma que o fim do mundo seria um bom momento para aproveitar, com direito a cheeseburgers e bebidas alcoólicas.

O filme, que estreia na sexta-feira (8) na Netflix, tem no seu elenco os atores Mahershala Ali e Ethan Hawke, e foi produzido pelo ex-presidente americano Barack Obama.

Roberts interpreta uma esposa egocêntrica que observa o colapso do mundo moderno à sua volta durante um período de férias de luxo.

"Amanda (Roberts) e o marido Clay (Hawke) arrendam uma casa de luxo para passar o fim de semana com os filhos. As suas férias depressa são interrompidas quando dois desconhecidos — G.H. (Ali) e a filha Ruth (Myha’la) — chegam durante a noite, com notícias de um misterioso ciberataque e em busca de refúgio na casa que afirmam ser deles. As duas famílias lidam com a ameaça de uma catástrofe que se torna mais aterradora a cada minuto que passa, obrigando toda a gente a refletir sobre o seu lugar num mundo em colapso", destaca a sinopse oficial.

Sam Esmail, o premiado criador, argumentista e realizador da série de culto "Mr. Robot", dirige esta adaptação de um romance de Rumaan Alam nomeado para o National Book Award.

A atriz conversou com a AFP sobre o que realmente a assusta e por que ela mandou fazer um par de meias com uma frase grosseira depois de rodar o filme.

AFP: O que faria no seu último dia se o mundo estivesse prestes a entrar em colapso?

Roberts: Se tivesse 24 horas, ficaria com a minha família, muitos cheeseburgers, uma enorme quantidade de álcool, bolachas de chocolate, abraços e beijos e, um momento... talvez soporíferos. Mas não vai acontecer.

AFP: Muitas coisas correm mal no filme. O que mais a assustaria na vida real?

Roberts: Desastres naturais, porque são mais realistas e também porque, como sabe, a Mãe Natureza simplesmente não se importa com o que qualquer um pensa.

AFP: Uma de suas primeiras frases no filme é "Odeio as pessoas". Foi divertido interpretar esse tipo de personagem?

Roberts: Foi muito divertido interpretar, porque realmente adoro as pessoas e acredito que sou muito aberta e amigável, portanto adorei aquele discurso de abertura. Agora tenho meias que dizem "Odeio as pessoas". E adoro a ideia de interpretar alguém que adotou esse tipo de mantra e o que realmente significa. Como você se comporta num mundo de humanos com esse tipo de sentimento?

AFP: Já interpretou algumas personagens antipáticas na sua carreira. Foi uma escolha?

Roberts: Não acho que foi uma escolha em que pensei que estava optando por interpretar alguém agradável ou desagradável. Acho que tem relação com tudo que há naquele caldo. Não é ser amigável ou hostil, é mais sobre como se encaixa com tudo que está acontecendo dentro de tudo (o filme).

AFP: Qual é a mensagem do filme?

Roberts: Acho que é que nós estamos todos juntos, a sensação de que realmente somos mil e uma versões de uma coisa boa, que é a humanidade. Ah, e cozinhar!

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