Os prémios foram hoje anunciados na sessão de encerramento do festival, durante o qual foram exibidos 90 filmes de 32 países diferentes.

O júri, composto por Isabel Abreu, Marcos Rocha e Yann Gonzalez, considerou “Los Objetos Amorosos” um “exercício de realização intenso e arriscado. Um mergulho que parece não ter medo de falhar. Uma viagem que transforma o espectador num objeto, tal como as personagens, entre a ficção e o documental, a raiva e o amor.”

Sobre a escolha de Melhor Atriz, o júri decidiu desta forma “premiar as interpretações cruas, imprevisíveis e poderosas de Nicole Costa e Laura Rojas Godoy, em “Los Objetos Amorosos”, de Adrián Silvestre.

O prémio de Melhor Ator foi atribuído a Owen Campbell, pela sua interpretação em “As You Are”, realizado por Miles Joris-Peyrafitte, “pelo seu retrato delicado de um adolescente sensível, pela maneira como olha para o parceiro com os olhos luminosos de alguém que se está a apaixonar pela primeira vez”.

O júri atribuiu uma Menção Especial a “Corpo Elétrico”, realizado por Marcelo Caetano, o qual “configura um cenário onde corpos sexuados de distintas gerações, classes sociais e raças transitam por espaços diversos da cidade sem que a questão da expressão das sexualidades não hegemónicas se caracterize como um problema para o conjunto das personagens”.

A escolha do público foi Close-Knit (Japão, 2017), de Naoko Ogigami. O Prémio de Melhor Documentário foi atribuído ao filme “Small Talk” (Taiwan, 2016), realizado por Hui-Chen Huang.

Para o júri da Competição de Documentários - Luísa Homem, Rui Filipe Oliveira e Sérgio Tréfaut – trata-se de “um filme com uma dramaturgia surpreendente que revela em pequenas, grandes conversas a história privada de uma família: três gerações, duas mães e duas filhas”.

“Uma mãe e avó lésbica é questionada pela filha realizadora, sobre a sua identidade e vida passada, com o intuito de quebrar silêncios e evitar a repetição de modelos de sofrimento”.

A Menção Especial nesta categoria foi atribuída a “Vivir Y Otras Ficciones”, realizado por Jo Sol, que o júri classifica de “um filme importante por abordar cinematograficamente a vida sexual dos portadores de diversidade funcional e revelar como este tema se mantém tabu mesmo dentro dos universos mais progressistas”.

O filme premiado pelo Público nesta competição foi “Entre os Homens de Bem”, realizado por Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros.

O filme “Les Îles”, realizado por Yann Gonzalez, foi a escolha do júri para melhor curta-metragem.

O júri, composto por Ana Moreira, Jorge Jácome e Francisco Moreira, justificou a sua seleção “pela segurança que demonstra na construção do seu universo plástico, pela forma como neste filme o desejo habita e se manifesta em diferentes corpos, todos se reconhecem e todos se projetam”.

“Coelho Mau”, realizado por Carlos Conceição, foi a escolha do júri para uma Menção Especial, “pela elegância na composição da ´mise-en-scéne`, onde o realizador trabalha de forma singular o tema da morte e do desejo”.

A curta premiada pelo público foi “Tailor”, realizada por Calí dos Anjos. O Prémio de Melhor Filme de Escola foi atribuído à curta-metragem “Étage X”, de Francy Fabritz, recebendo menções especiais “Loris Sta Bene”, de Simone Bozzelli, e “Rute”, de Ricardo Branco.

O júri da competição Queer Art (Carlota Lagido, Colby Keller e João Onofre) atribuiu o Prémio de Melhor Filme Queer Art a “Occidental”, realizado por Neïl Beloufa.

“Porque todos nós sabemos que os italianos não bebem Coca-Cola e porque o preconceito projetado é um dos problemas centrais do nosso tempo, o prémio vai para “Occidental”, realizado por Neïl Beloufa”, refere o júri.

O mesmo júri atribuiu uma Menção Especial a “A Destruição de Bernardet”, realizado por Claudia Priscilla e Pedro Marques, classificando-o como um “documentário brilhante que apresenta uma personagem maior que a vida de amor e ódio”.

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