De acordo com a distribuidora Leopardo Filmes, o documentário terá um percurso diferente nas salas de cinema, com uma itinerância pelo país, em que cada exibição será acompanhada de uma conversa com Luís Filipe Rocha.

A 11 e 14 de novembro, o filme será exibido no Monumental, em Lisboa, no dia 12 no Teatro do Campo Alegre, Porto, no dia 13 no Teatro Académico de Gil Vicente, Coimbra, no dia 17 no Cinema Charlot, Setúbal, no dia 20 no Theatro Circo, Braga, e no dia 01 de dezembro no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz.

"Rosas de Ermera", que em maio encerrou o IndieLisboa, conta uma parte da história da família do músico José Afonso e dos irmãos, Maria e João, quando estiveram separados dos pais no período da Segunda Guerra Mundial.

"Por detrás deste filme está uma longa e profunda amizade com o Zeca e com a família e uma base de confiança que me foi depositada", disse o realizador à agência Lusa em maio.

A partir das memórias dos irmãos Maria e João, ancoradas em cartas e fotografias, o realizador conta um episódio de separação da família Afonso dos Santos em 1939 em Moçambique. Os pais e a filha mais nova partem para Timor-Leste, por razões profissionais, e os dois irmãos viajam para Coimbra.

Pouco depois da separação em 1939, inicia-se a Segunda Guerra Mundial, na qual se envolverá o Japão, que ocupou a ilha de Timor-Leste e criou dois campos de concentração, onde estiveram presos portugueses, incluindo os pais e a irmã de José Afonso.

A família, que se julgava separada para sempre, voltou a reencontrar-se seis anos depois.

O documentário divide-se em duas partes, uma das quais com depoimentos de Maria e João Afonso dos Santos, com as memórias daquela época, e a outra com uma visita a todos os locais de Timor-Leste onde aquela família viveu, incluindo as localidades de Ermera, onde passaram férias, e o campo de concentração em Liquiçá.