"É o mais antigo, o maior mestre do terror europeu ainda em atividade", elogiou Pedro Souto, um dos diretores do MOTELx - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, que decorrerá de quarta-feira a domingo no cinema são Jorge.

Dario Argento, 71 anos, lançou no género "giallo" nos anos 1970, uma corrente na literatura (com livros de capa amarela) e no cinema com características muito específicas e que se dedicava ao mistério, ao terror, às histórias de crime.

Dele serão exibidos no MOTELx os filmes
"Suspiria" (1977), "Inferno" (1980) e
"Mother of Tears" (2007).

No domingo, Dario Argento estará no cinema São Jorge para uma sessão de perguntas e respostas.

A direção do festival explicou que não condicionou propositadamente a programação à presença de Argento, mas essa influência na escolha dos filmes a exibir surgiu de forma natural, já que foram incluídos, por exemplo, alguns dos realizadores por ele influenciados. Entre eles estão os franceses Julien Maury e Alexandre Bustillo, que apresentarão o filme "Livid".

A abertura oficial do festival dá-se com "REC3: Genesis", produção espanhola de Paco Plaza.

Nesta edição destaque ainda para a exibição, na secção "Quarto Perdido", de dois filmes aparentemente distantes entre si, mas que têm uma forte ligação:
"O território" (1981), de
Raoul Ruiz, e
"O estado das coisas" (1982), de
Wim Wenders.

"O território", um filme de terror, é uma das primeiras colaborações entre o realizador chileno Raoul Ruiz e o produtor Paulo Branco. Inicialmente, o filme devia ter sido produzido por Roger Corman, mas acabou por ser produzido por Paulo Branco e rodado em Sintra.

Uma das atrizes do filme era namorada, na altura, do realizador alemão Wim Wenders e este terá gostado da rodagem de Ruiz. Pediu a Paulo Branco para fazer um filme com a mesma equipa técnica e artística, e com o mesmo cenário. Surgiu assim "O Estado das Coisas", premiado em Veneza, feito como se fosse um "making of" do filme de Ruiz, explicou à Lusa João Monteiro, da direção do MOTELx.

Este ano regressa também a secção "Japão Retro", dedicada a Nobuo Nakagawa (1905-1984), considerado o "pai" do terror nipónico.

A única secção competitiva do MOTELx é dedicada a curtas-metragens portuguesas. O filme vencedor fica automaticamente selecionado para o prémio "Méliès d'Or" de "Melhor Curta-Metragem Europeia", atribuído anualmente pela Federação Europeia de Festivais de Cinema Fantástico.

Este ano o júri é constituído pelos músicos Filipe Melo e Paulo Furtado e pelo realizador norueguês Pal Sletaune.

Lista das curtas-metragens portuguesas nomeadas para o Prémio MOTELx 2012:

"Aconteceu no Interior" - Ricardo Machado.

"Até Quando" - Jorge Cramez.

"Bruxa de Arroios" - Manuel Pureza.

"The Headless Nun" - Nuno Sá Pessoa.

"Leito de Maldição" - Paulo Teixeira Rebelo.

"Mutter" - Tony Costa e Rafael Antunes.

"O Princípio do Fim" - Joel Rodrigues e André Agostinho.

"O Reino" - Paulo Castilho.

"Silêncio" - Hélio Valentim e Ricardo Ferreira.

"Tormenta" - Francisco Carvalho.

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