O ator Alex Rocco, famoso por ter sido Moe Greene em "O Padrinho", morreu aos 79 anos, vítima de cancro.

No primeiro filme da saga de Francis Ford Coppola e Mario Puzo, ele era o mafioso que geria os interesses da família Corleone em Las Vegas e acolhia Fredo (John Cazale), um dos filhos de Vito Corleone (Marlon Brando), durante os confrontos sangrentos entre as várias famílias em Nova Iorque.

Mais tarde, desafiava a autoridade do irmão, Michael (Al Pacino), e quando este consolida o poder após a morte do pai, foi assassinado de forma inesquecível com um tiro num olho quando estava a receber uma massagem.

O ator com voz grave que se especializou em personagens de criminoso e duro chamava-se na verdade Alexander Federico Petricone e cresceu na zona de Boston, envolvendo-se com o seu submundo criminoso.

Detido em 1961 para interrogatório após a primeira morte de uma guerra entre grupos e libertado sem acusações, abandonou pouco depois a cidade e partiu para a Califórnia, onde adoptou o nome Alex Rocco e começou a trabalhar como empregado de bar e a ter aulas de representação com Leonard Nimoy, que também era de Boston.

Ironicamente, as suas ligações marginais voltaram a ser úteis quando regressou a Boston para interpretar um assaltante de bancos no clássico " The Friends of Eddie Coyle/Selva Humana", ao ajudar Robert Mitchum na sua pesquisa organizando um encontro com gangsters irlandeses.

Outros trabalhos importantes na carreira foram "Detroit 9000/Violentos Profissionais" e "The Stunt Man - O Fugitivo" (1980), este ao lado de Peter O'Toole, e as séries "The Facts of Life", "Os Simpsons" (era o patrão fumador do estúdio que fazia as animações "Itchy and Scratchy") e "Magic City".

No entanto, como gostava de dizer, nada se comparou a trabalhar na animação da Pixar "Uma Vida de Insecto" em 1998: "Foi o maior prémio da minha vida porque tinha cerca de oito linhas como uma formiga e acho que ganhei mais de um milhão de dólares".