Apesar da filmografia não muito extensa, Sonny Landham, com as suas feições índias, físico gigantesco e um temperamento de que parecia sempre prestes a perder o controlo, foi um dos vilões mais memoráveis do cinema de ação dos anos 80. Morreu esta quinta-feira, aos 76 anos, de insuficiência cardíaca congestiva, num hospital de Kentucky.

Nascido em 1941, na Georgia, descendente das tribos Cherokee e Seminole, Landham fez alguns filmes pornográficos no início da carreira mas depois especializou-se em papéis de vilão quase demente no cinema de ação.

Primeiro deu nas vistas a Walter Hill, que o utilizou em papéis menores em "Os Selvagens da Noite" (1979) e "Estado de Guerra" (1980), até o tornar um dos vilões principais do super-sucesso que foi "48 Horas" (1982), com Eddie Murphy e Nick Nolte.

Depois, ao longo dos anos 80, foi mau da fita de alguns dos mais importantes "action heroes" da época em filmes como "Caminho de Fogo" (1986), com Chuck Norris, "Action Jackson - Homem de Ação" (1988), com Carl Weathers, e "Stallone Prisioneiro" (1989), com Sylvester Stallone, além de ter participado em séries como "Os Soldados da Fortuna" ou "Miami Vice".

O seu papel mais memorável acabou por não ser como vilão mas como o batedor índio Billy Sole, um dos comandos às ordens de Arnold Schwarzenegger em "Predador". O realizador do filme, John McTiernan, confirmou no comentário áudio ao filme em DVD que o comportamento do intérprete era então tão instável e violento que o estúdio teve de contratar guarda-costas para protegerem os outros atores do próprio Landham.

A partir dos anos 90, nenhum dos filmes em que participou teve particular relevância e acabou por tentar entrar na política, seguindo os passos dos seus colegas de elenco de "Predador", Arnold Schwarzenegger e Jesse Ventura (o primeiro tornou-se governador da California e o segundo governador do Minnesota).

Assim, em 2003, e depois de passar três anos na prisão por fazer telefonemas ameaçadores à mulher, candidatou-se a governador do Kentucky mas falhou a nomeação pelo Partido Republicano. Depois candidatou-se como independente mas acabou também por desistir. No ano seguinte, candidatou-se a um lugar no senado pelo Kentucky e em 2008 voltou a tentar, mas acabou por ser forçado a sair da corrida ao perder o apoio do Partido Libertário, que o sustentava, na sequência de declarações racistas contra árabes num programa de rádio.

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