O filme que vai abrir a 41.ª edição do Cinanima teve uma fase de rodagem com atores, como Robert Gulaczyk (no papel de Van Gogh), Douglas Booth, Jerome Flynn e Saoirse Ronan, mas o trabalho visual assenta em pintura a óleo em todos os 'frames' da imagem real, recriando não só o traço característico como as mais conhecidas obras de Van Gogh.

Para tal, os realizadores, que passaram por Lisboa no mês passado, contaram com uma equipa de 125 artistas de todo o mundo que pintaram as cerca de 65.000 pinturas a óleo para compor o filme de animação. Em média, foram precisas duas semanas para pintar um segundo de filme.

Já no que se refere à cinematografia nacional, fonte da organização do Cinanima revela que este ano são seis as obras portuguesas selecionadas para disputar o pódio com outras produções estrangeiras e afirma que se "atingiu o recorde de filmes portugueses a disputar a competição internacional, sendo este um bom presságio desde que, em 2014, ‘Fuligem', de David Doutel e Vasco Sá, foi a primeira obra nacional a vencer o Grande Prémio Cinanima".

O programa do festival não se limita, contudo, à sua componente competitiva, pelo que aos auditórios do Centro Multimeios de Espinho, do casino, do Fórum de Arte e Cultura, e da Biblioteca Municipal chegarão ainda outros 250 filmes para visionamento em diferentes sessões e retrospetivas.

Entre essas incluem-se, por exemplo, as dirigidas ao público escolar, as relativas a temáticas como o "Erotismo e Humor" e as dedicadas a cineastas da Hungria, Áustria, Eslovénia e Holanda.

No caso específico da filmografia holandesa, a organização do Cinanima realça que a retrospetiva em causa incluirá a exibição do filme "Pai e Filha", cujo diretor, Michael Dudok de Wit, "é um dos mais consagrados realizadores de cinema de animação do mundo" e estará em Espinho para integrar o júri internacional do festival.

"Michael Dudok de Wit, que venceu um Óscar em 2001 com o filme ‘Pai e Filha' e que no ano anterior já fora distinguido com o Grande Prémio no Cinanima, é um dos realizadores homenageados este ano e dará uma ‘masterclass’ onde vai falar sobre a sua obra", anuncia a organização.

"É também o realizador da longa-metragem ‘Tartaruga Vermelha', vencedora do prémio de Melhor Longa-Metragem de Animação na edição de 2016 do Cinanima, portanto esta será uma das poucas oportunidades para ver ou rever as suas principais obras, com a vantagem de as poder comentar com o próprio", acrescenta.

A retrospetiva "Refugiados", por sua vez, exibirá em estreia a longa-metragem argelina "Tales of Africa", enquanto a nova rubrica sobre "Talentos Europeus Emergentes" reunirá o que se produz na Europa ao nível do cinema de animação.

"Em cada ano o festival poderá ir mostrando nesta secção o trabalho já feito e as provas dadas por um conjunto de jovens realizadores que se estejam a destacar dos seus pares", explica a organização.

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