Quando em julho de 2014 foi anunciado que Angelina Jolie e Brad Pitt voltariam a trabalhar à frente das câmaras pela primeira vez desde "Mr. e Mrs. Smith" em 2005, "Junto ao Mar" parecia um reencontro perfeito, mas fracassou espetacularmente este fim de semana nos EUA.

Apesar  de também retratar um casamento em crise, o novo filme não podia estar mais distante dos tiros e explosões do trabalho que os juntou há uma década e com um lançamento limitado em 10 salas de cinema em oito cidades, rendeu 95 mil dólares, o que dá uma média de 9,5 mil.

Por comparação, quando estreou há uma semana,"Brooklyn", sobre uma emigrante irlandesa em Nova Iorque nos anos 1950, interpretada por Saoirse Ronan, teve uma média de 58 mil em cinco salas.

"Junto ao Mar" é realizado pela própria Angelina Jolie, que faz uma homenagem ao cinema europeu dos anos 1960 e 1970, sucedendo cenas com os estados de ânimo de um casal em crise formado por um escritor americano (Pitt) e a sua esposa (Jolie) e os seus encontros com outros turistas e habitantes locais da uma tranquila estância turística à beira-mar na França que visitam em 1970.

Este trabalho bastante pessoal da atriz, que homenageava também a sua mãe, a atriz Marcheline Bertrand, vítima de cancro em 2007,  precisava de boas críticas para ter mais visibilidade, mas os críticos não reagiram bem ao ritmo lento da história.

Apesar de ter custado apenas 10 milhões de dólares e, dada a sua natureza, nunca ter existido a expectativa de vir ser um grande êxito, a má estreia de "Junto ao Mar" dificulta a expansão para mais salas de cinema (prometidas estão apenas 100 salas em 40 cidades na próxima semana), pelo que, em condições normais (isto é, se não tivesse Pitt e Jolie), dificilmente teria um lançamento comercial fora dos EUA.

Em Portugal, a estreia está marcada para 7 de janeiro.

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