Há mudanças nas regras de votação para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro que podem dar mais hipóteses a países com títulos menos mediáticos no mercado norte-americano.

O processo começa com voluntários de todos os ramos da Academia (atores, realizadores, argumentistas, etc.) a ver e classificar todos os filmes pré-candidatos exibidos nos cinemas Samuel Goldwyn e Linwood Dunn, em Beverly Hills e Hollywood. Este ano, o número de países que apresentam filmes bate recordes: 92.

Estas pontuações determinam seis filmes, a que se juntam mais três escolhidos por um comité executivo especial de membros da Academia. Essa lista de finalistas é anunciada em meados de dezembro.

Tudo isto mantém-se, mas a segunda fase de seleção vai sofrer uma revolução.

Até aqui, 40 membros da Academia escolhidos por sorteio e por consulta especial viam em Los Angeles, Nova Iorque e Londres, três filmes por dia entre sexta e domingo em janeiro para nova votação de onde saíam os cinco candidatos ao Óscar.

Agora, o número de membros vai aumentar para apelar diretamente à participação dos quase 1200 membros "internacionais" da Academia.

"Tem o potencial de não só envolver centenas de membros a mais da Academia para dar o seu contributo na segunda fase de votação, mas também apoiar o seu desejo de estarem mais envolvidos com este prémio, especialmente a nível internacional" revelou John Bailey, presidente da Academia, acrescentando: "Porque os membros internacionais justamente consideram este ser o 'seu' Óscar".

Em Los Angeles, o processo mantém-se, mas em São Francisco, Nova Iorque e Londres, todos os membros da Academia são convidados a participar desde que se comprometam a ver os nove filmes, em visionamentos especiais ou anteriormente em festivais ou em sessões regulares de cinema.

Todos os outros fora dos EUA e Grã-Bretanha poderão fazer o mesmo vendo os filmes por 'streaming' através de um 'site' seguro durante o período de votação entre 5 e 12 de janeiro. A Academia conseguirá monitorizar se esses membros viram os filmes na totalidade antes de votar.

As alterações poderão levar a seleção dos cinco finalistas para uma direção completamente diferente do que acontece até agora e isto em teoria pode favorecer filmes menos mediáticos de países que não conseguem montar campanhas de promoção nos EUA que chamem a atenção da comunicação social e dos votantes da Academia.

"Este ano, vamos ser ajudados pelo facto de que vamos ter muito mais pessoas a olhar para a lista de finalistas e ponderar nos cinco nomeados. A ideia é ser o mais inclusivo que pudermos", concluiu o presidente da Academia.

O candidato de Portugal é "São Jorge", de Marco Martins e com Nuno Lopes.

As nomeações para os Óscares serão conhecidas a 23 de janeiro. A 90ª cerimónia tem lugar a 4 de março.

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