As polícias de Nova Iorque e Londres informaram esta quinta-feira que investigam denúncias de assédio sexual apresentadas contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein.
Weinstein, de 65 anos, um dos homens mais poderosos da indústria do cinema, é acusado de assédio e abuso sexual por dezenas de mulheres, na sua maioria jovens atrizes e assistentes, desde a publicação de uma reportagem no The New York Times em 5 de outubro.
A Scotland Yard disse ao Guardian que recebeu "um caso de alegado abuxo sexual da polícia de Merseyside a 11 de outubro. A alegação vai ser avaliada pelos agentes do comando de ataques sexuais e abuso infantil.
Segundo o jornal nova-iorquino Daily News, a polícia de Nova Iorque quer investigar as acusações de Lucia Evans, publicadas esta terça-feira pela revista The New Yorker.
Evans afirma que, em 2004, quando era uma estudante universitária que sonhava ingressar na indústria cinematográfica, foi abusada pelo produtor, que a forçou a praticar sexo oral no seu escritório no bairro de Tribeca.
"Ele atacou-me", disse Evans ao jornalista Ronan Farrow, autor da reportagem. "Ele forçou-me a praticar sexo oral nele", afirmou. "Disse, várias vezes, 'Não quero fazer isso, pare, não'. Tentei ir embora (...), mas não queria dar-lhe um pontapé ou lutar com ele".
No mesmo artigo, outras duas mulheres afirmam ter sido violadas pelo produtor.
Não fica esclarecido se Evans denunciou, então, a agressão à polícia, que não quis dar detalhes sobre o assunto.
Em 2015, a polícia de Nova Iorque recebeu uma denúncia de abuso sexual da modelo italiana de origem filipina Ambra Battilana Gutierrez, então com 22 anos, que o acusou de apalpar o seu peito.
No dia seguinte, com ajuda da polícia, Battilana voltou a encontrá-lo com um gravador escondido. Nas gravações, o produtor insiste mais de uma vez que ela o acompanhe ao seu quarto de hotel e, comentando o episódio da noite anterior, diz: "Não voltarei a fazer".
Apesar disso, o procurador de Manhattan, Cy Vance, decidiu então não apresentar acusações contra Weinstein por falta de provas.
A lista de atrizes que denunciaram assédios e abusos sexuais por parte do poderoso produtor incluem Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Mira Sorvino, Rosana Arquette, Cara Delevingne, Léa Seydoux, Emma de Caunes e Judith Godrèche.
O produtor foi despedido da sua empresa, a The Weinstein Company, e a sua mulher, Georgina Chapman, anunciou esta terça-feira a separação.
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