O Supremo Tribunal da Polónia rejeitou nesta terça-feira a reabertura do processo de extradição para os EUA do cineasta franco-polaco Roman Polanski pela violação de uma menor em 1977.

O tribunal rejeitou o recurso contra o encerramento apresentado pelo ministro da Justiça da Polónia, Zbigniew Ziobro, o que acaba em definitivo com o processo de extradição iniciado em 2014 a pedido da justiça norte-americana.

Roman Polanski, de 83 anos, não compareceu à audiência. Os advogados informaram-no imediatamente da decisão por mensagem de texto.

"Ele está em Paris, a rodar um filme", disse o advogado Jerzy Stachowicz.

"O caso está encerrado na Polónia, na Suíça, na França. Esperamos que um dia também aconteça nos Estados Unidos", concluiu.

O anúncio da rejeição do recurso foi feito pelo juiz Michal Laskowski, que citou o apoio à decisão do tribunal de Cracóvia, que já havia rejeitado a extradição de Polanski em 2015.

Em 1977, na Califórnia, Roman Polanski, que tinha 43 anos, foi processado por ter violado Samantha Geimer, então com 13 anos.

Depois de passar 43 dias na prisão e ser libertado sob fiança, o realizador, que se declarou culpado de "relações sexuais ilegais" com uma menor de idade, fugiu dos EUA antes do anúncio do veredicto, porque temia uma condenação forte apesar do acordo alcançado com a justiça.

A linha de defesa dos advogados polacos consistiu em demonstrar que o pedido de extradição não tinha fundamento, levando em consideração o acordo com a vítima e o tempo que Polanski passou na prisão, e depois em prisão domiciliar na Suíça, entre 2009 e 2010.

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