«L'Intervallo» apresenta-nos Veronica e Salvatore, dois adolescentes fechados num prédio abandonado. Veronica é a prisioneira e Salvatore toma conta dela por ordem do líder de um gangue local e, à medida que o tempo passa, a relação entre os dois torna-se menos hostil, indica a organização do festival numa nota enviada à Lusa.

A primeira obra de ficção de Leonardo di Constanzo, realizador que já dirigiu vários documentários, «L’Intervallo» voltou assim a ser distinguida, depois de ganhar sete prémios no Festival de Cinema de Veneza.

O prémio inclui um troféu produzido pelo Instituto de Artes e Ofícios da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva e um relógio Jaeger-LeCoultre com uma gravação feita especialmente para o Lisbon & Estoril Film Festival.

O júri, constituído pelo pianista austríaco Alfred Brendel, pela atriz francesa
Fanny Ardant e pela violoncelista franco-americana Sonia Wieder-Atherton, decidiu igualmente premiar
Melvil Poupaud pela sua interpretação no filme «Laurence Anyways», de
Xavier Dolan, e distinguir como a Melhor Pintura o quadro de Miqel Barceló que figura em «Sueño y Silencio», de Jaime Rosales.

O prémio especial do júri João Bénard da Costa foi atribuído a
«Student», de Darezhan Omirbayev, e
«Djeca – Children of Sarajevo», de Aida Begic. A ação de «Student», filme inspirado no romance de Dostoiévski «Crime e Castigo», desenrola-se no Cazaquistão dos nossos dias e conta a história de um estudante de Filosofia que, sofrendo de falta de dinheiro e solidão e condicionado por valores duvidosos, faz do merceeiro local e de uma cliente as suas vítimas e, depois, começa a ser consumido pelo sentimento de culpa, apercebe-se do que fez e entrega-se à polícia.

O filme esteve presente nos festivais de Cinema de Cannes, Chicago e Mar del Plata.

«Djeca - Children of Sarajevo» apresenta-nos Rahima, de 23 anos, e o irmão Nedim, de 14 anos, órfãos da guerra da Bósnia que moram em Sarajevo, numa sociedade transitória que perdeu toda a compaixão pelos filhos dos que morreram durante o cerco à cidade. Após uma adolescência delinquente, Rahima encontrou um reconforto no Islão e espera que o irmão siga os seus passos. O filme recebeu o Prémio Un Certain Regard do Festival de Cinema de Cannes 2012.

Para o prémio de Melhor Primeira Obra, o júri elegeu o documentário
«Winter, Go Away!», da autoria de dez jovens realizadores que acompanharam as táticas utilizadas pelos opositores do Presidente russo, Vladimir Putin, durante a campanha eleitoral deste ano, entre fevereiro e março.

O documentário inclui, entre outros destaques, uma entrevista com a banda punk Pussy Riot, que atuou numa igreja ortodoxa e cujos elementos acabaram condenados a alguns anos de prisão.

O filme, de Elena Khoreva, Denis Klebleev, Askold Kurov, Dmitry Kusabov, Nadezhda Leonteva, Anna Moiseenko, Madina Mustafina, Sofia Rodkevich, Anton Seregin e Alexey Zhiriakov, já tinha sido nomeado para um Leopardo em Locarno.

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