Jo Raquel Tejada fez este sábado 75 anos, mas o mundo conhece-a como Raquel Welch, a morena curvilínea que se tornou o maior símbolo sexual dos anos 1960 e a "mulher mais desejada" na década seguinte.
O primeiro filme foi "A Swingin' Summer" (1965) e torna-se uma estrela logo a seguir com o filme de ficção científica "Viagem Fantástica" (66), mas foi "One Million Years B.C. / Quando o Mundo Nasceu" (66) que atraiu a atenção dos homens e a inveja das mulheres.
Tinha apenas três frases, mas também um biquíni pré-histórico que ilustrou um poster que se tornou o mais vendido do género naquela era (os mais cinéfilos recordar-se-ão que teve um papel importante no plano de fuga de Andy Dufresne - Tim Robbins - em "Os Condenados de Shawshank") e fez dela uma "sex symbol", uma imagem de que tentou escapar o resto da sua carreira.
Sistematicamente atacada pelos críticos, Welch acreditava que tinha talento e merecia melhor material e teve algumas personagens femininas invulgarmente fortes para a época e que iam contra a imagem decorativa e submissa que se esperaria de alguém apenas valorizada pela sua beleza. Chegou mesmo a interpretar uma transexual no controverso "Myra Breckinridge" (1970), que foi um desastre comercial e artístico gigantesco, e com "Hannie Caulder" (1971), forte inspiração de Quentin Tarantino para "Kill Bill", tornou-se uma das primeiras atrizes a ser a estrela de um "western".
Com "Os Três Mosqueteiros" (1973) recolheu finalmente boas críticas e até um Globo de Ouro para a Melhor Atriz em Comédia ou Musical, mas apesar de só ter 34 anos, os papéis substanciais não se materializaram.
Ainda assim, fosse no teatro, televisão e mais tarde reinventando-se como empresária de sucesso, Raquel Welch sempre deu provas de possuir um carácter forte e ser mais do que um ícone de beleza. E quando muitas das estrelas do seu tempo caíram no esquecimento, tantos anos depois de desfilar com aquele biquíni, ainda faz sonhar...
Recorde os trabalhos mais importantes de Raquel Welch no cinema.
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