Até há pouco tempo,
Darren Aronofsky era dado como escolha definitiva para o «remake» de
«Robocop - O Polícia do Futuro», mas a nova direcção da MGM, que reestruturou o estúdio, optou por uma via diferente e está actualmente a ultimar negociações com
José Padilha, o cineasta brasileiro que deu nas vistas com os dois filmes da série
«Tropa de Elite».

Cineastas como
Robert Rodriguez e
David Slade estiveram também, em diversas alturas, associados ao projecto mas a escolha final de Gary Barber e Roger Birnbaum, actuais dirigentes da MGM, recaiu num realizador brasileiro sem currículo em Hollywood mas com larga expressão fora dele. Se
«Tropa de Elite» já conquistara o Urso de Ouro do Festival de Berlim e fora um êxito enorme um pouco por todo o mundo,
José Padilha conseguiu que a sua sequela,
«Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro» se tornasse o maior sucesso da história do cinema brasileiro, tendo rendido no seu país mais até que «Avatar».

Padilha, que estudou Política Internacional e Literatura Inglesa em Oxford, realizou também documentários prestigiados como
«Ônibus 174» e
«Secrets of the Tribe», tendo este último estreado no Festival de Sundance.

«Robocop - O Polícia do Futuro» foi realizado em 1987 por
Paul Verhoeven e apresentava um futuro violentíssimo, onde um polícia é mutilado por um grupo de malfeitores e acaba por sobreviver como Robocop, um ciborgue programado para ser 100% eficaz na manutenção da ordem, mas com a humanidade a lutar para vir à tona de todas as instruções. O filme foi um imenso sucesso, que gerou duas sequelas de fraca memória (a primeira delas com argumento de
Frank Miller) e quatro séries de televisão, duas delas animadas, que também não ficaram para a história.