“O filme ‘La Chambre Vide’, de Jasna Krajinovic, que arrecadou o prémio para a Melhor Longa-Metragem Internacional, retrata Saliha, cujo filho Sabri partiu abruptamente um dia para a Síria para fazer a Jihad. Três meses depois, Saliha, o marido e os filhos foram informados da sua morte”, pode ler-se no comunicado da organização que atribui o prémio Jean Loup Passek.

No que diz respeito às curtas e médias-metragens, o júri distinguiu “Cidade Pequena”, de Diogo Costa Amarante, que já este ano venceu o Urso de Ouro em Berlim, “um filme peculiar que desafia a fronteira entre documental e ficção, refletindo sobre a infância e a morte”, considerou o júri do festival.

Na categoria de melhor filme português, o distinguido foi “Tarrafal”, de Pedro Neves, que “proporciona um olhar sobre o Bairro São João de Deus [no Porto] através das memórias das pessoas que o habitavam”.

O júri do prémio Jean Loup Passek deste ano foi composto pelo cineclubista André de Oliveira e Sousa, pelas realizadoras Graça Castanheira e Iris Zaki, pelo produtor e realizador Rodrigo Areias e pelo programador brasileiro Sérgio Rizzo.

A quarta edição do Festival Internacional de Documentário de Melgaço terminou hoje à noite com a projeção, na Torre de Melgaço, do filme “Castro Laboreiro”, de Ricardo Costa.

O festival é organizado pela Câmara Municipal de Melgaço com a associação Ao Norte para “promover e divulgar o cinema etnográfico e social, refletir sobre identidade, memória e fronteira e contribuir para um arquivo audiovisual sobre a região”.