A programação até ao final do ano foi hoje apresentada em Lisboa, pelo diretor da Cinemateca, José Manuel Costa.

No âmbito das colaborações com alguns dos principais festivais de cinema, a Cinemateca vai programar, em setembro, algumas sessões do 'warm up' do Motelx, com obras dedicadas ao universo do cinema latino-americano.

Em outubro, a programação inclui um ciclo integral da obra de Jean-Pierre Melville, que dirigiu "As Damas do Bosque de Bolonha", integrado na Festa do Cinema Francês, coincidindo com o centenário do nascimento do realizador.

Ainda no mesmo mês, regressa o Doclisboa, com o qual a Cinemateca vai organizar uma grande retrospetiva do cinema do Quebec, numa viagem por mais de meio século de cinematografia da região do Canadá que deu origem a cineastas como Jean-Yves Bigras, René Delacroix, Denys Arcand ou Denis Villeneuve.

Em novembro, terá início o grande ciclo sobre os chamados 'Série B' do cinema clássico norte-americano, filmes que foram negligenciados pela crítica da sua época, mas que “muitas vezes vieram a mostrar uma influência central na história do ‘studio system’”, como é o caso da Nova Vaga francesa ou da Nova Hollywood dos anos de 1970.

O mês de dezembro vai trazer de novo à Cinemateca a obra do realizador francês Jean-Marie Straub, o diretor de "O Pequeno Livro de Anna Magdalena Bach", incluindo os filmes que fez em dupla com Danièle Huillet.

A fechar o ano, a Cinemateca organiza um ciclo dedicado à rubrica “O que quero ver”, no qual serão projetadas cerca de duas dezenas de sessões, filmes escolhidos pelo público a partir de propostas recolhidas nos últimos meses.

A última referência da programação diz já respeito ao primeiro ciclo de 2018, em que “o cinema se mostra como um lugar privilegiado da experiência do medo”, aquela que, de acordo com relatos da época e com o mito, foi sentida pelos espetadores da primeira série de projeções dos irmãos Lumière, quando assistiram a “L’Arrivée d’un train en gare de La Ciotat”.

Ou seja, não apenas o 'horror film', mas todos os medos.