Um dos rostos masculinos mais bonitos e fotogénicos das décadas de 60 a 80, Robert Redford conseguiu ultrapassar a condição de menino-bonito de Hollywood e estabelecer-se como um dos principais nomes da Sétima Arte. Fê-lo apostando em filmes arriscados e politicamente empenhados, associando-se a causas liberais, apoiando o cinema independente e fazendo carreira como realizador de prestígio.

Um caso raro de ícone romântico, admirado em igual medida por homens e mulheres, que continua a dar cartas no cinema, seja em "blockbusters" elogiados como "A Lenda do Dragão", atualmente em cartaz, como em filmes cinematograficamente arrojados, como o recente "Quando Tudo Está Perdido", onde é o único ator em cena e pelo qual recebeu algumas das críticas mais entusiasmadas da sua carreira.

Nascido na Califórnia em 1936, Redford jogou basebol no liceu, estudou pintura e acabou por optar pelas Artes Dramáticas. Participou em várias séries de televisão mas teve o seu primeiro grande sucesso no teatro, em 1963, na peça "Descalços no Parque" de Neil Simon.

Começou no cinema num papel secundário em 1962 com "War Hunt" mas saltou logo em 1965 para papéis de co-protagonista com "O Estranho Mundo de Daisy Clover", logo aí uma proposta arriscada já que interpreta uma estrela de cinema bissexual.

A partir daí nunca mais parou, com interpretações muito elogiadas em filmes de sucesso como "Dois Homens e Um Destino", "As Brancas Montanha da Morte", "O Nosso Amor de ontem", "A Golpada", "Os Três Dias do Condor", "Os Homens do Presidente" e "África Minha".

Começou a carreira de realizador com o pé direito, ao assinar o drama "Gente Vulgar", em que não participa como ator e que lhe valeu o Óscar de Melhor Realização, o único do seu currículo ganho em competição (ganhou um Óscar honorário em 2002 pelo conjunto da carreira). Prosseguiu o seu percurso de realizador com sucesso nos filmes "O Segredo de Milagro", "Duas Vidas e Rio", "Quiz Show", "O Encantador de Cavalos", "A Lenda de Bagger Vance", "Peões em Jogo", "A Conspiradora" e "Regra de Silêncio".

Mas o seu maior motivo de orgulho é a criação em 1981 do Sundance Institute, para aspirantes a cineastas, que assumiria em 1985 o controlo de um festival de cinema já existente no Utah e o transformaria no mais importante certame do mundo dedicado ao cinema independente, o Festival de Sundance.

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