O filme, que chega aos cinemas portugueses a 15 de dezembro, não é parte da cronologia original dos filmes, cujo último episódio estreou no ano passado com "Star Wars: O Despertar da Força" mas sim o primeiro "spin-off" da saga.

O novo filme representa um regresso ao passado, com um guião que cronologicamente se passa antes e durante o pioneiro "Guerra das Estrelas", de 1977.

"Rogue One: Uma História de Star Wars" conta como os rebeldes roubaram os planos da Estrela da Morte, a gigantesca estação espacial com poder de destruir planetas inteiros.

O filme é um presente de Natal para os fãs da saga, que nos Estados Unidos compraram em peso os bilhetes vendidos antes da estreia. E todos já aguardam com expectativa o lançamento do Episódio VIII no final de 2017.

A aprovação essencial

O realizador britânico Gareth Edwards recordou que tirou um grande peso das costas ao receber a aprovação do "deus" George Lucas, criador da saga.

"Não quero colocar palavras na boca dele, mas, honestamente, posso dizer que posso morrer feliz agora", disse Edwards a respeito da conversa que teve com o homem que criou o franchise, um dos cineastas de maior sucesso da história.

"Rogue One", protagonizado pela britânica Felicity Jones e o mexicano Diego Luna, é parte do esforço para revitalizar a história desde que a Disney comprou a Lucasfilm em 2012. A saga ainda tentava recuperar-se das péssimas críticas recebidas pela segunda trilogia, estreada entre 1999 e 2005.

O plano é lançar três filmes que dão sequência à trilogia original, tarefa iniciada com "O Despertar da Força" em 2015 e, de modo paralelo, produzir outras longas-metragens de "antologia".

J.J. Abrams deu o primeiro passo com "O Despertar da Força", que arrecadou dois mil milhões de dólares e foi a maior estreia de 2015. O filme representa o maior sucesso da Disney e a terceira maior receita de bilheteira de todos os tempos.

Analistas calculam que no primeiro fim de semana "Rogue One" deve arrecadar 150 milhões de dólares, atrás dos 248 milhões do Episódio VII, mas no mesmo nível das grandes produções de 2016.

No filme, Felicity Jones interpreta Jyn Erso, que tem um registo criminal por falsificação, assalto e roubo. Ela é recrutada pela Aliança Rebelde para roubar os planos da Estrela da Morte.

"Nunca fiz algo assim antes, tudo era muito novo, toda a preparação física. Estou habituada a muita conversa em espartilhos, então foi muito bom correr com um 'blaster' e um bastão para bater em stormtroopers", disse Jones, nomeada ao Óscar pelo seu papel em "A Teoria de Tudo", sobre a vida de Stephen Hawking.

Filme de guerra

Um grupo de críticos teve acesso a 28 minutos do filme no mítico rancho Skywalker, perto de San Francisco, no fim de semana. A primeira impressão é a de que "Rogue One" evita o clima de "ópera espacial" dos antecessores e prefere um clima de filme de guerra mais cru.

"Recebemos autorização para ser diferentes neste filme e assumir riscos", disse Edwards, que acredita que a produção, filmada na Grã-Bretanha, Islândia e Maldivas, tem um tom mais próximo ao de "O Império Contra-Ataca".

Para criar as cenas de guerra, a equipa usou fotografias de combates reais do Vietname e da II Guerra Mundial. A produção introduziu depois as armas laser e as naves X-Wing no fundo.

"O estúdio adorou, todos adoraram. Eles disseram 'vá e faça isto', e foi o que fizemos", disse Edwards.

Mas nem tudo é escuro e pessimista. O filme também tem momentos mais leves, muitos deles protagonizados por Alan Tudyk, que teve a pouco invejável tarefa de entrar para a família de dróides de Star Wars, seguindo os passos de personagens amados como C3PO, R2D2 e BB8.

O ator teve que usar saltos e um traje de captura de movimento para interpretar K-2SO, um dróide imperial que teve a sua memória apagada pelos rebeldes.

"No primeiro mês não conseguíamos olhar para ele porque parecia ridículo", disse Luna, que interpreta o oficial rebelde Cassian Andor.

"Eram os pijamas mais apertados da história. Era muito intimidador", completou.

Veja o trailer de "Rogue One: Uma História de Star Wars":

Tudo o que se passa à frente e atrás das câmaras!

Receba o melhor do SAPO Mag, semanalmente, no seu email.

Os temas quentes do cinema, da TV e da música!

Ative as notificações do SAPO Mag.

O que está a dar na TV, no cinema e na música!

Siga o SAPO nas redes sociais. Use a #SAPOmag nas suas publicações.