Oliver Stone pediu desculpa por dizer numa entrevista que Ryan Gosling está a "perder tempo" a fazer filmes como "Barbie", que contribuem para a "infantilização" de Hollywood.

Na segunda-feira, as declarações do cineasta vencedor de quatro Óscares ("O Expresso da Meia-Noite", "Platoon", "Nascido a 4 de Julho") tornaram-se virais e causaram polémica, chegando mesmo a ser notícia na imprensa como se fossem recentes.

Só que a entrevista era de junho de 2023, semanas antes da estreia do filme de Greta Gerwig com Gosling e Margot Robbie e do seu sucesso sem precedentes nas bilheteiras.

Reagindo à polémica, Stone publicou um comunicado nas redes sociais onde se insurge por órgãos de imprensa respeitáveis como o Deadline publicarem notícias com "este comentário sensacionalista e fora do contexto que fiz sobre 'Barbie' semanas antes sequer da estreia".

"Na altura, estava ocupado a promover o meu documentário nuclear na Europa e tinha pouco ou nenhum conhecimento do projeto para além do seu título”, explicou no X, antigo Twitter.

"Pude ver o 'Barbie' num cinema em julho e apreciei o filme pela sua originalidade e os seus temas. Achei a abordagem dos cineastas certamente diferente do que eu esperava. Peço desculpa por falar sem conhecimento", acrescentou.

Stone acrescentou que "Lady Bird", realizado por Greta Gerwig em 2017, é um dos seus filmes preferidos do seu ano.

Também deixou palavras a reconhecer o impacto de "Barbie" em Hollywood, que foi nomeado para oito Óscares na terça-feira.

"As receitas de bilheteira de 'Barbie' elevaram a moral da nossa indústria, o que foi bem-vindo. Desejo à Greta e toda a equipa de 'Barbie' boa sorte nos Óscares", concluiu.

Foi ao City A.M. que o realizador deu a entrevista com as declarações que se tornaram virais sete meses depois.

"O Ryan Gosling está a perder tempo se está a fazer essa m**** por dinheiro. Devia estar a fazer filmes mais sérios. Não deveria fazer parte desta infantilização de Hollywood. Agora é tudo fantasia, fantasia, fantasia, incluindo todas as imagens de guerra: fantasia, fantasia”, disse em junho de 2023.

Dessa entrevista também foram recuperadas como se fossem declarações recentes ter adormecido a ver as três horas do quarto filme "John Wick" com Keanu Reeves e lamentar que a saga "Velocidade Furiosa", que costumava apreciar, se tivesse tornado como "os filmes da Marvel".