Fiel à reputação de ser uma pessoa muito reservada, Harrison Ford deu uma longa entrevista à revista GQ onde passou a maior parte do tempo a evitar responder a perguntas sobre a vida, trabalho ou até a lendária carreira.

Ainda assim, comentou pela primeira vez a grande "bomba" do livro de memórias de Carrie Fisher: o caso entre os dois durante a rodagem do primeiro "Star Wars" em Londres, em 1976.

Ford manteve-se em silêncio sobre o assunto durante 10 meses e pouco fugiu ao famoso registo quase monossilábico.

"Foi estranho para si quando Carrie Fisher lançou o seu livro 'Star Wars'?"

"Foi estranho. Para mim".

"Teve algum aviso por antecipação?"

"Um, até certo ponto. Sim"

"E o que achou?"

"Oh, não sei. Não sei. Sabe, como a morte inesperada da Carrie, realmente não penso que seja um tema que queira discutir"

"Posso perguntar-lhe se preferia que não tivesse sido escrito?"

"Sim, pode perguntar-me."

"Quer responder?"

"Não".

"Posso perguntar-lhe se o leu?"

"Não. Não li".

Harrison Ford foi ligeiramente mais aberto sobre a hipótese de regressar a "Star Wars", explicando que, no que lhe diz respeito, acabou a ligação se a saga também tiver tudo concluído com ele.

Se não for o caso, não consegue imaginar a alternativa, embora sempre recorde que se está a falar de "ficção científica".

Logo a seguir, talvez percebendo que estava a deixar a porta mais aberta do que queria, acrescentou: "Preferia que não. Nesta fase, preferiria fazer outra coisa qualquer. Apenas porque é mais interessante fazer algo novo".

Não é de surpreender que o ator também se revele indiferente à ideia de como vai ser recordado, a não ser pelos filhos, "porque é desnecessário".

"Vivemos e morremos. O que não é natural é que o filme viva. Mas não quero saber disso. Isto é, foi bom enquanto durou — enquanto estava vivo. Estava bem", acrescentou filosoficamente.