Detective

Détective

Detective

Détective

Um filme de Jean-Luc Godard

“Sou um pintor renascentista à procura de encomendas”, disse Jean-Luc Godard sobre este filme-enigma. Num hotel parisiense, cruzam-se várias histórias: um grupo de detectives, um casal em crise, uma família da máfia, um lutador de boxe e a sua equipa. Por entre diálogos quase surrealistas, traçam-se as linhas invisíveis que interligam estas pessoas. Neste enredo caótico há portas que abrem e fecham, ruídos de torneiras a pingar e computadores avariados que intercalam trechos de música clássica, livros que são atirados ao ar e conversas simultâneas que se cruzam com narradores que nunca sabemos quem são, tudo nos diferentes espaços deste grandioso hotel, onde cada imagem contém uma refracção da luz, seja num espelho, num reflexo ou num televisor, como escreve Jean Douchet. Neste filme o detective é, afinal, o espectador, que tem a missão, talvez impossível mas sempre entusiasmante, de o decifrar.