“A JFSMM deliberou organizar anualmente uma Festa de Homenagem a um ou uma fadista de um dos cinco bairros da freguesia (Alfama, Mouraria, Castelo, Baixa e Chiado), começando este ano com Artur Batalha, pelos seus 50 anos de fado”, disse à Lusa fonte do executivo autárquico.

O espetáculo, no domingo, às 15h00, na Voz do Operário, à Graça, conta com a participação, entre outros, de António Rocha, Ana Sofia Varela, Ana Marta, Filipa Cardoso, Ana Maurício, Luís de Matos, Miguel Ramos e Joana Veiga.

O cartaz da homenagem “Artur Batalha – Príncipe do Fado” completa-se com Nuno da Câmara Pereira, Conceição Ribeiro, José Tereso, Lena Silva, Lino Ramos, Tóia de Oliveira, Vera Monteiro, Jaime Dias, Jessica Crispim e Victor Miranda.

Todos os fadistas são acompanhados pelos músicos Paulo Valentim e Sérgio Costa, na guitarra portuguesa, e Bruno Costa e Ivan Cardoso, na viola.

“Sete espadas, sete ventos”, “Hoje morreu um poeta”, “Tempos de criança”, “Tive um coração, perdi-o” são alguns dos sucessos de Artur Henrique dos Santos Batalha, de 64 anos, que cantou em público pela primeira vez aos nove anos, como recordou numa entrevista à Lusa.

Artur Batalha iniciou carreira aos 14 anos, na Taverna do Embuçado, uma casa de fados em Alfama, que era dirigida pelo fadista João Ferreira-Rosa. Em 1971, venceu a Grande Noite do Fado no Coliseu dos Recreios, em Lisboa,

Recentemente, participou no álbum de Mariza “Fado tradicional”, com quem interpretou “Promete, jura”.

Do repertório de Artur Batalha fazem também parte, entre outros fados, “Foi ontem”, “A cruz que te dei”, “Sinas trocadas”, “Sonho tropical”, “Mundo de inverno”, “Cigana dos sonhos meus”, “Meu irmão fora de lei”.

Segundo o Museu do Fado, Artur Batalha é “um dos mais aclamados intérpretes do fado castiço”.

Em 2008, na Grande Noite do Fado, no Teatro S. Luiz, em Lisboa, “pôs ao rubro os fãs”, segundo o Portal do Fado. Em 2013, participou no espetáculo “Fado Antigo”, no Centro Cultural de Belém, de Lisboa, com Maria da Fé, Beatriz da Conceição e Vicente da Câmara, no âmbito do projeto “Há fado no cais”.

Segundo a associação Mural Sonoro, que registou o testemunho de Artur Batalha, este “é uma figura referencial do fado mais ‘castiço’ e popular na cidade de Lisboa, a par de outros nomes, como Fernanda Maria, Beatriz da Conceição ou, entre outros, Argentina Santos e os já falecidos Alfredo Marceneiro e Fernando Maurício.

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