“Esta é a segunda vez que canto nesta sala. Aliás, tenho vindo a cantar regularmente, na Grécia, tendo já atuado, entre outros palcos, no Herodes Atticus e no Megaron”, afirmou Mísia à Lusa.

A fadista é acompanhada pelos músicos Bernardo Couto, na guitarra portuguesa, Daniel Pinto, na viola, e Pedro Santos, no acordeão.

O concerto intitula-se “Mísia e o seu fado” e inclui poemas que nomes como Vasco Graça Moura, José Saramago e António Lobo Antunes, entre outros, escreveram para a fadista.

Depois da Grécia, Mísia regressa a Portugal para iniciar, a 6 de março, no Theatro Circo, em Braga, uma digressão com o repertório do mais recente álbum "Delikatessen Café Concerto".

Este álbum foi editado em finais de 2013, e inclui apenas um tema inédito, “Rasto do infinito”, de Tiago Torres da Silva e Miguel Ramos, e várias canções, em espanhol, francês e português, como “Agua que nos has de beber”, que Sara Montiel interpretou no filme “La Violetera” (1958), e “Chanson d’Hélene”, originalmente interpretada por Romy Schneider e Michel Piccoli, no filme “Les choses de la vie” (1970).

O alinhamento inclui “Estación de Rossio”, canção que Juanita Cuenca interpretou como “atração internacional” na revista “Agora é que são elas”, que esteve em cena no Teatro Capitólio, em Lisboa, em 1953.

Com este álbum, Mísia realizou no ano passado uma digressão pela América Latina.

Natural do Porto, Mísia estreou-se discograficamente em 1991, com um álbum no qual gravou temas de Frederico de Brito, José Niza, José Carlos Ary dos Santos e Carlos Paião, entre outros.

Ao longo da carreira a intérprete tem recebido várias distinções, entre as quais o Prémio Charles Cros, da Academia Francesa do Disco, e o Prémio Internacional da Fundação Amália Rodrigues.

@Lusa