O músico de 74 anos já vendeu mais de 120 milhões de discos, apenas na América Latina, e gravou álbuns em espanhol, italiano, inglês e francês ao longo dos seus 55 anos de carreira.

"Falar sobre o Brasil é falar de Roberto Carlos", disse Gabriel Abaroa, presidente da Latin Academy of Recording Arts and Sciences dos Estados Unidos.

"O seu imenso talento, paixão e dedicação ao seu ofício fez dele uma das maiores vozes e um dos maiores compositores da música latina. É com grande orgulho que honramos um tesouro musical e esperamos, ansiosamente, celebrar a sua carreira e o seu legado musical indelével", acrescentou.

Todos os anos, um dia antes da entrega do Grammy Latino, um artista é homenageado com um concerto pelas estrelas convocadas para a premiação.

Assim, o autor de sucessos românticos como "Amigo", "Proposta" e "Lady Laura" junta-se a outros homenageados como Miguel Bosé, Placido Domingo, Gloria Estefan, Vicente Fernandez, Juan Luis Guerra, Carlos Santana, Joan Manuel Serrat, Shakira e Caetano Veloso.

Nascido no Espírito Santo em 1941, o "Rei" ganhou quatro Grammys Latinos e, em 1988, o Grammy internacional de melhor cantor pop latino.

Com o passar dos anos, foi deixando de lado a pop do início da carreira e passou a interpretar músicas românticas. Durante anos, foi o único artista latino a ter conquistado Festival italiano de San Remo, em 1968, juntamente com Sergio Endrigo, por "Canzone per te".

Com a morte da segunda esposa, Maria Rita, Roberto Carlos afastou-se dos palcos, mas no ano 2000 retomou a carreira e não parou desde então.

Agora, o "Rei" apresenta-se em concertos a bordo de transatlânticos nos cruzeiros no projeto chamado "Emoções em Alto Mar" e grava especiais ao redor do mundo, como a atuação em Jerusalém, em 2011.

Este ano, vai editar o álbum "Roberto Carlos - Primera Fila", gravado nos míticos estúdios londrinos de Abbey Road.

A 16ª edição do Grammy Latino será celebrada a 19 de novembro no hotel-casino MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas.

@AFP