A atriz americana Angelina Jolie, enviada especial do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), pediu este sábado a ação da comunidade internacional na crise dos refugiados, durante a visita a um campo no sudeste da Turquia que abriga milhares de sírios que fugiram da guerra no seu país.

A atriz visitou o campo situado na província de Mardin, na companhia de António Guterres, alto comissário da ONU para os refugiados. Os dois mantiveram conversações com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que estava na cidade por ocasião do Dia Mundial dos Refugiados.

«Nós estamos aqui por uma simples razão: esta região é o epicentro de uma crise mundial. Cerca de 60 milhões de pessoas são deslocadas» devido aos diferentes conflitos no mundo, declarou Angelina Jolie durante uma conferência de imprensa no distrito de Midyat, localizado nesta província.

«Não se trata apenas de uma «crise de refugiados», mas de uma crise da segurança e da governação mundiais, que se manifesta na pior crise de refugiados já registada e por deslocamentos maciços», destacou a estrela de Hollywood.

A atriz também pediu uma consciencialização do «valor dos refugiados», que devem ser «protegidos» e nos quais é preciso «investir». «Eles não são um problema, eles fazem parte da solução para esta crise mundial», avaliou.

Jolie pediu à comunidade internacional e aos dirigentes internacionais que reconheçam o que significa este aumento sem precedentes do número de deslocados.

A atriz agradeceu à Turquia - que se tornou o primeiro país de acolhimento de refugiados do mundo - e aos outros países por abrigarem os refugiados sírios que fogem da guerra civil no seu país. Oficialmente, a Turquia abriga mais de 1,7 milhão de refugiados sírios.

Durante a sua visita, Angelina Jolie encontrou refugiados sírios e ouviu os relatos sobre sua fuga. Mais tarde no sábado, ela foi vista a caminhar pelos arredores de Mardin e a visitar lojas na companhia da sua filha, Shiloh.

Segundo o mais recente relatório anual do Acnur, o número de deslocados e refugiados após múltiplos conflitos no mundo atingiu o nível recorde de 60 milhões de pessoas em 2014, sobretudo devido ao conflito sírio.

[caption][/caption]