Em declarações à agência Lusa, António Chaínho, com mais de 50 anos de carreira, afirmou que irá passar em revista os temas dos seus diferentes álbuns, desde “A Guitarra e Outras Mulheres” até “Cumplicidades”, editado em 2015, passando por “LisGoa”, entre outros.

A guitarra de Coimbra é diferente da de Lisboa, “pois afina um tom abaixo”, na sua configuração e "especialmente na técnica de tocar, disse Chainho.

Esta guitarra de Coimbra foi construída por Joaquim Grácio, construtor de outros instrumentos, nomeadamente violinos, antes de ter partido para os Estados Unidos. António Chainho adiantou que o seu recital, no sábado, irá ter “um caráter pedagógico”, além de artístico.

“Ao longo da sessão irei intervalar a interpretação das peças com algumas explicações sobre a guitarra portuguesa e a sua especificidade e o fado, canção à qual está indissociavelmente ligada”, disse.

O Museu da Música, num comunicado enviado à Lusa, aquando da apresentação do ciclo, em abril, afirmou que "estes concertos são autênticas viagens à [sua] coleção, conduzidas por grandes intérpretes nacionais e internacionais, que atuam 'pro bono', e dão a conhecer os instrumentos através de concertos comentados e de uma contextualização histórica estendida, muitas vezes, ao repertório escolhido”.

"A interpretação, a necessária manutenção dos instrumentos musicais e a comunicação da história de cada um deles são fatores intimamente ligados" a este ciclo, e resultam de "uma ação concertada entre o Museu da Música e os Mecenas do ciclo, músicos, construtores/restauradores e outros parceiros”.

Neste ciclo, que se prolonga até dezembro, todos os concertos são ao sábado, excetuando o celebrativo do Dia Internacional dos Museus, no dia 18 de maio, protagonizado por Maria José Falcão, que vai tocar o violoncelo Stradivarius, de 1725, do rei D. Luís, e por Anne Kaasa, com um piano Bechstein, de 1925.

Maria José Falcão e Anne Kaasa vão interpretar peças de Luigi Boccherini, Frédèric Chopin e Cesar Franck.