"O futuro [da indústria musical] está ameaçado por uma séria 'transferência de valor' provocada pelos serviços de hospedagem de conteúdo como o YouTube, que ficam com o valor criado pelos artistas de forma ilegal", frisa o texto enviado ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

Elton John, David Guetta, Ed Sheeran, Coldplay, Sting e Robert Plant, dos Led Zeppelin, também assinaram o documento.

Segundo os cálculos do Snep, principal sindicato de produtores de discos em França, um vídeo em streaming rende cerca de três vezes menos aos produtores do que um áudio gratuito no Deezer ou Spotify, e cinquenta vezes menos que um streaming da áudio pago.

Os artistas consideram que as futuras discussões a nível europeu sobre os direitos de autor devem "corrigir esta importante distorção económica", esclarecendo o estatuto jurídico das plataformas, acusadas de abusar da sua posição de site de alojamento de conteúdos, o que evita que tenham de negociar os direitos de difusão, como acontece com osstreamin'.

Segundo o Snep, o YouTube consegue acordos com os produtores a preços artificialmente baixos.

Em comunicado enviado à revista Billboard, o YouTube assegura que a "maioria das empresas discográficas assinaram acordos que permitem a difusão de vídeos e a obtenção de receitas".