Mark Salling, conhecido pelo papel de Noah "Puck" Puckerman na série televisiva "Glee", declarou-se culpado de todas as acusações de posse de material pornográfico envolvendo crianças, encontrado na sua residência na região de Los Angeles, em dezembro de 2015.

Em tribunal, o norte-americano de 35 anos assumiu a culpa de modo a evitar que a pena de prisão pudesse subir até aos 20 anos. Assim, arrisca-se a um período de reclusão que pode chegar aos sete anos.

"O acusado, de forma consciente, tinha posse de materiais que sabia conterem imagens de menores envolvidos em condutas sexuais explícitas", pode ler-se no pré-acordo assinado por Salling.

O ator terá ainda de pagar cerca de 50 mil dólares de indemnização a todas as vítimas que a requisitaram. Será também obrigado a registar-se como agressor sexual após sair da prisão, não podendo ter contacto com qualquer pessoa com menos de 18 anos, a menos que seja na presença de um pai ou tutor legal. Deverá ainda ficar a no mínimo 100 metros de distância dos pátios de escolas, parques, piscinas públicas e parques infantis. Salling estará igualmente sob supervisão durante 20 anos e compromete-se a integrar um programa de tratamento para agressores sexuais, estabelece o pré-acordo.

Em 2015, a polícia encontrou milhares de imagens e vídeos pornográficos com crianças, particularmente meninas, na residência de Salling, e decidiu entregar o caso às autoridades federais. De acordo com o TMZ, foi a namorada do ator que alertou as autoridades. Na altura, a estrela foi detida pela polícia de Los Angeles e libertada posteriormente sob fiança.

"Esperamos que casos como este permitam mostrar" que o problema da pornografia infantil envolve indivíduos "de todas as idades e com todo tipo de antecedentes", disse Joseph Macias, que dirige o departamento de investigação do Serviço de Imigração e Alfândegas em Los Angeles.

Esta não é a primeira vez que Salling tem problemas com a justiça. Em março de 2015, terá pago 2,5 milhões de euros à ex-namorada, Roxanne Gorzela, depois de um processo por agressão sexual em 2011.