Dylan, de 75 anos, foi distinguido por "ter criado novas expressões poéticas no âmbito da música norte-americana", de acordo com a secretária-geral da Academia Sueca, Sara Danius.

Muitas das obras de Dylan centram-se nas condições sociais, humanas, religião, política e amor e as suas letras têm sido continuamente publicadas em novas edições, sob o título 'Lyrics'.

O Nobel é a última das distinções atribuídas ao cantor que percorreu um longo caminho desde um início humilde como Robert Allen Zimmerman, nascido a 24 de maio de 1941, em Duluth, no Minnesota, que aprendeu sozinho a tocar harmónica, guitarra e piano.

Bob Dylan cresceu numa família judaica de classe média na cidade de Hibbing. Na adolescência tocou em várias bandas e com o tempo o seu interesse na música aumentou, especialmente pelo 'folk' e 'blues' norte-americano.

Um dos ídolos de Dylan era o cantor de música 'folk' Woody Guthrie, e também foi muito influenciado pelos autores da chamada 'Geração Beat', bem como pelos poetas modernistas.

Em 1961, Dylan mudou-se para Nova Iorque e começou a cantar em clubes e cafés em Greenwich Village. Depois de um encontro com o produtor John Hammond, assinou um contrato para o álbum de estreia, chamado 'Bob Dylan' (1962).

Nos anos seguintes, gravou vários álbuns que tiveram grande impacto na música popular: 'Bringing It All Back Home' anda 'Highway 61 Revisited', em 1965, 'Blonde On Blonde', em 1966 e 'Blood On The Tracks', em 1975.

Dylan continuou a produzir nas décadas seguintes alguns dos que são considerados os seus melhores trabalhos: 'Oh Mercy' (1989), 'Time Out of Mind' (1997) e 'Modern Times' (2006).

As digressões do músico em 1965 e 1966 atraíram enorme atenção e durante um largo período foi acompanhado pelo realizador D.A. Pennebaker, que documentou a ação em torno do palco naquele que viria a ser o filme 'Don't Look Back' (1967).

Além da produção de álbuns, Dylan publicou alguns trabalhos experimentais como 'Tarantula' (1971) e a coleção 'Writings and Drawings' (1973).

Em 2004, escreveu a autobiografia 'Chronicles', sobre os anos em Nova Iorque e sua vida no centro da cultura popular.

Desde o final da década de 1980, Bob Dylan tem efetuado várias digressões, no âmbito do 'Never-Ending Tour'. Além da música, Bob Dylan pinta e escreve argumentos.

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