O festival, que decorre nos dias 23 e 24 de setembro, conta ainda com as participações de FF e Maura Airez, e divide-se pelo palco Caixa, junto ao rio, por dois palcos no Museu do Fado - no auditório e no restaurante -, outro, no Largo das Alcaçarias, e ainda na igreja de S. Miguel, no Clube Sportivo Adicense, na Sociedade Boa União e no Centro Cultural Dr. Magalhães Lima, mais dois novos palcos situados no largo da igreja de Santo Estevão e no Clube Lusitano.

A iniciativa Fado à Janela volta a acontecer nos largos do Chafariz de Dentro e no de São Miguel.

Raquel Tavares e Ricardo Ribeiro editaram este ano um novo álbum, respetivamente, “Raquel” e “Hoje é assim, amanhã não sei”.

A fadista de 31 anos, natural de Lisboa, que recebeu em 2006 o Prémio Amália Revelação e participou no filme “O milagre segundo Salomé”, de Mário Barroso, definiu à Lusa o novo álbum, editado no mês passado, como aberto ao mundo, refletindo mais experiência e vivências, e uma consciência tranquila das suas origens.

“Hoje é assim, amanhã não sei”, de Ricardo Ribeiro, saído em abril último, foi produzido por Carlos Manuel Proença, e segundo o fadista, inspirou-se no “Orfeu rebelde”, de Miguel Torga.

Ricardo Ribeiro recebeu já os Prémios Amália Revelação e Melhor Intérprete, respetivamente em 2005, e em 2008. O fadista de 34 anos, participou no filme “Fados”, de Carlos Saura, em 2007, e no ano anterior a Casa da Imprensa atribuiu-lhe o Prémio Revelação.

Carminho, também distinguida com os Prémios Amália Revelação em 2005 e Melhor Intérprete em 2011, recebeu em 2013 o Prémio Carlos Paredes, tendo ambos os seus primeiros álbuns atingido a marca de dupla platina. Em novembro de 2014, editou o terceiro álbum, “Canto”, um disco que conta com o inédito “O sol, eu e tu”, de Caetano Veloso, e inclui dueto com Marisa Monte, com quem este ano partilhará em julho o palco, em Oeiras, no edpcooljazz, e no Porto, nos jardins da Fundação Serralves.

Gisela João, de 32 anos, natural de Barcelos, editou dois discos, um álbum homónimo, e um disco pela revista Blitz, que reúne diferentes atuações ao vivo. O seu álbum de estreia valeu-lhe o Prémio José Afonso, tendo sido também distinguida com o Prémio Amália Revelação em 2013. Como fadista participou no filme "O grande Kilapy" (2012), de Zézé Gamboa. E tem atuado em vários palcos europeus.

FF estreou-se há dois anos no fado, com “Saffra”, um disco que mistura a música de raiz tradicional com o fado, produzido por Tiago Machado, que já produziu álbuns do fadista Marco Rodrigues e compôs, entre outros, para Mariza.

Maura Airez “é uma jovem aposta do Festival Caixa Alfama de 2016 – Aqui mora o fado”, disse à Lusa fonte da organização. “Com apenas com 15 anos, vai espantando em muitos concursos e atuações, preparando-se para, em breve, apresentar o seu primeiro disco; uma revelação a descobrir em setembro, no festival”, sublinhou a mesma fonte.

Segundo a organização, no ano passado, aos diferentes espetáculos, assistiram 12.000 pessoas.

Foto: Rita Sousa Vieira/ SAPO On The Hop