Rodrigo Leão atua a 8 de outubro no Grande Auditório da Philharmonie com o australiano Scott Matthew, com quem editou o álbum "Life is long", em 2016.

O músico cabo-verdiano Manuel Lopes Andrade, conhecido como Tcheka, vai estar na sala de música de câmara da Philharmonie a 11 de outubro.

A fadista Carminho e os brasileiros Filarmônica de Pasárgada encerram o festival, a 14.

Os portugueses The Legendary Tigerman e Maria João (que atua com o brasileiro Egberto Gismonti), e os brasileiros Roberta Sá e Vinícius Cantuária, completam o cartaz, que inclui 11 espetáculos em sete dias.

Criado no ano passado, o festival, que visa "celebrar as tradições musicais dos países lusófonos", foi "uma aposta bem sucedida", disse à Lusa Francisco Sassetti, responsável da programação de Jazz e Música do Mundo na Philharmonie.

"Quando organizámos o primeiro Festival Atlântico, não havia certezas de que iríamos fazer outra edição, mas tivemos vários concertos esgotados e muito público, e sobretudo uma grande atenção mediática", recordou o responsável.

Aumentar a "visibilidade" dos imigrantes lusófonos no Grão-Ducado é um dos "grandes objetivos" do evento, que este ano tem cartazes espalhados pela capital e em vários pontos no país.

"A Philharmonie quer dar a conhecer melhor as culturas lusófonas, num país onde há cerca de 20% de pessoas que falam português, mas que não têm necessariamente um contraponto nas instituições culturais à altura destes números", explicou o responsável da programação.

Outro dos objetivos do festival é "tentar chegar a públicos" que habitualmente não vão à Philharmonie e "criar pontes" com outras instituições.

Exemplo disso é o espetáculo de pré-abertura do festival, que acontece esta noite no Centro Cultural Português - Camões, com o pianista João Vasco, agendado para as 20:00 (19:00 em Lisboa).

Este ano o festival conta ainda com a participação da Orquestra Filarmónica do Luxemburgo, num concerto com a cantora brasileira Roberta Sá, o guitarrista Marcello Gonçalves e a clarinetista israelita Anat Cohen, além do maestro português Pedro Neves, com um programa que inclui composições de Luís de Freitas Branco e Heitor Villa-Lobos.

Tal como no ano passado, o festival inclui ainda atividades para o público jovem, com uma série de concertos do quarteto de acordeonistas português "Danças Ocultas".

O espetáculo multimédia, produzido pela Philharmonie, tem por base "um conto adaptado para a ocasião", intitulado "As neves do Algarve", adiantou Francisco Sassetti, que antes de chegar à Philharmonie foi responsável pela programação de jazz no Centro Cultural de Belém.