O concerto marcado para o Teatro Académico Gil Vicente, que conta com a participação do coro do Orfeon e da orquestra da Tuna Académica, terá um repertório composto apenas por temas de José Afonso, procurando celebrar o legado que o músico deixou em Coimbra e, em especial, nos dois organismos da Associação Académica de Coimbra por onde passou.

"Quando se entra no Orfeon, um dos grandes nomes de que se fala é o do Zeca Afonso", sublinha o presidente do organismo, André Leite, considerando que deixou "uma marca impressionante" na academia de Coimbra.

A música de Zeca Afonso é "uma peça constante" do repertório Orfeon e, no concerto de sexta-feira, estarão presentes os temas que fazem parte do dia-a-dia do organismo, bem como "arranjos inéditos para orquestra e coro" de algumas das canções que serão interpretadas, disse à agência Lusa André Leite.

"Será um concerto fora do vulgar. O público está habituado a ouvir Zeca Afonso a solo", notou, considerando que a conjugação da orquestra com um coro acrescenta "profundidade e imponência" a músicas que, cantadas a uma só voz, "já tinham algo de muito profundo".

O coro do Orfeon vai ser dirigido pelo maestro Artur Pinho Maia e poderão ser ouvidas canções como "Os índios da meia praia", "Balada do Outono" ou "Vejam Bem".

"Há peças em que se procura ter mais atenção à letra e aí a orquestra faz o acompanhamento, e noutras investe-se numa maior complexidade harmónica", explanou o presidente da Tuna Académica da Universidade de Coimbra, Ricardo Peres.

Segundo este responsável, as músicas ganham "todo um novo vigor e complexidade e é avassalador", referindo que haverá arranjos do maestro Leandro Alves e José Firmino.

O bilhete para o espetáculo no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, custa entre cinco e oito euros.

O evento está inserido na Semana Cultural da Universidade de Coimbra.