Muitas pessoas têm perguntado até onde pode ir Dwayne Johnson com a popularidade que o tornou o ator mais bem pago do mundo e, pelos vistos, uma delas é o principal interessado.

E para isso contribuiu um artigo de opinião que o definiu como uma força a ter em conta se decidisse entrar na arena política publicado no The Washington Post em junho do ano passado (e não a opinião de Michael Moore conhecida na semana passada).

Nas redes sociais, Johnson comentou que o artigo era "interessante" e "divertido de ler", antes de acrescentar um diplomático "a coisa mais importante neste momento é uma forte liderança honesta dos nossos atuais e futuros líderes deste país".

Agora, durante uma longa entrevista à revista GQ, confirmou que tem pensado cada vez mais nisso numa carreira política e quando lhe perguntaram se honestamente pensa que alguma vez poderá mudar de vida e concorrer à presidência, a resposta foi solene: "Penso que essa é uma possibilidade a sério".

Johnson também revelou que o seu apoio foi muito cobiçado nas últimas eleições presidenciais, tanto pelas candidaturas de Donald Trump como de Hillary Clinton.

"Sinto que estou agora numa posição em que a minha palavra tem muito peso e influência, que obviamente foi a razão para quererem o apoio", explicou.

"Mas também tenho um respeito tremendo pelo processo e sinto que se partilhasse publicamente os meus pontos de vista políticos, algumas coisas podiam acontecer — e que todas essas conversas que tenho comigo mesmo, no ginásio às quatro da manhã —, senti que faria as pessoas ficarem infelizes com o ideia de qualquer que fosse o meu ponto de vista político. E também influenciar uma opinião, algo que não queria fazer", esclareceu.

Por isso e sem se definir como republicano ou democrata, respondeu aos dois lados que não ia apoiar ninguém e preferia ver os americanos decidirem pela sua cabeça.

Pressionado sobre a sua opinião sobre o atual inquilino da Casa Branca, a resposta também foi cautelosa.

"Pessoalmente, acho que se fosse presidente, o equilíbrio seria importante. A liderança seria importante. Assumir a responsabilidade por todos. Não afastar as pessoas se não concordasse com elas sobre alguma coisa. Na verdade, iria contar com elas. [...] Neste momento é difícil categorizar como acho que ele se está a sair, a não ser dizer como é que eu funcionaria, o que gostaria de ver".

A reação foi mais clara sobre o que pensa da interdição da entrada de muçulmanos para o país por um período de 90 dias.

"Discordo completamente. Acredito profundamente na nossa segurança nacional, mas não acredito numa 'interdição' que deixe de fora os imigrantes. Acredito na inclusão. O nosso país foi construído assim e continua a ser forte por causa disso", garantiu.