A atriz norte-americana Portia de Rossi afirmou que o ator e produtor americano Steven Seagal tentou violá-la, na última acusação contra uma estrela de Hollywood.

Portia de Rossi contou através de sua conta do Twitter como Seagal, que ficou famoso na década de 1990 com filmes de ação, a tinha ameaçado numa data não especificada durante um teste para atuar num de seus filmes.

"Ele disse-me como era importante ter química fora do ecrã enquanto me sentava e descia o fecho das suas calças de couro", escreveu na quarta-feira à noite a atriz, esposa de Ellen DeGeneres desde 2008, conhecida pelos seus papéis nas séries "Ally McBeal" e "Arrested Development".

"Saí a correr e chamei a minha agente, que disse: 'Bom, não sabia se ele era ou não o seu tipo'", recordou.

Contactados pela AFP, nem o advogado nem o representante da produtora do ator de 65 anos quiseram comentar.

Na última sexta-feira, Julianna Margulies ("Serviço de Urgência", "The Good Wife") contou no seu programa de rádio que foi assediada por Seagal há quase 30 anos num quarto de hotel em Nova Iorque.

Uma noite, a atriz foi convidada para ir ao quarto de Steven Seagal para ensaiar uma cena. A assistente deste, que tinha prometido estar presente, não compareceu.

"Saí sã e salva", disse, mas "não sei como saí daquele quarto" e "Gritei para sair", contou, acrescentando que Seagal tinha uma arma.

Em outubro, outra atriz, Lisa Guerrero, contou à revista Newsweek que Seagal lhe tinha pedido em 1996 que fosse à sua casa para um "ensaio privado", que segundo disse, ela não aceitou.

Estas acusações acontecem após as denúncias contra o poderoso produtor Harvey Weinstein e o ator Kevin Spacey, embora Seagal já tenha sido acusado de abuso sexual pela atriz Jenny McCarthy há vários anos.

Seagal foi processado duas vezes por acusações similares em 2001 e 2010.

No primeiro caso, o ator não foi condenado e no segundo, a suposta vítima desistiu de sua ação.

Já esta quinta-feira, o The New York Times publicou vários testemunhos acusando o comediante Louis C.K. de assédio e abuso sexual.

Seis vezes premiado pelos Emmys, o ator foi acusado por algumas mulheres de se ter masturbado à frente delas.

A antestreia desta quinta-feira de "I Love You, Daddy", o seu último filme, foi cancelada abruptamente e ele suspendeu a sua participação num programa da estação CBS.